sábado, 3 de setembro de 2011

D. SEBASTIÃO

A do D. Sebastião
poder aparecer um dia
para nos deitar a mão
se não é sonho é mania

Foi ele dar luta aos mouros
onde estavam descansados
em vez de receber louros
bateu com quatro costados

Alcácer Quibir ficou
em Marrocos, ainda está
o jovem rei se finou
há quem o espere por cá

Nessa ânsia desde então
nos mantemos até hoje
alguém que nos dê a mão
sem ser dos que bate e foge

Milagres desses não há
só de quem tem muita fé
seja em Deus ou em Allah
ou mesmo no S. Tomé

Enquanto durar a esperança
cada vez ela mais escassa
se mantém a governança
agarrada qual carraça

A olhar o horizonte
com todo o mar pela frente
atravessamos a ponte
mal encontramos um crente

Pode ser que algum dia
como em Abril ocorreu
surja de novo alegria
num País que renasceu

Sebastião ou quem seja
desde que tenha coragem
para que Portugal veja
que mudou a sua imagem

Lá coisa fácil não é
manter a Democracia
esta Arca de Noé
é bem coisa de magia

Se ditadura não queremos
muito sofremos com ela
não se sabe o que faremos
a esta nossa mazela

Experimentar a Ibéria
como eu tanto recomendo
é partir p’ra coisa séria
não se trata de arremendo

Se nem isso é solução
acaba aí a esperança
à sorte fica então
o que somos por herança

1 comentário:

Helena Duarte disse...

Muito obrigada José Vacondeus ,gosto muito do que escreve tem poemas extraordinários que desconhecia .
Helena Duarte