sábado, 28 de maio de 2011

IR PARA ONDE?

Ir a caminho e parar
não cumprir obrigação
ficar a gozar o ar
como outros também farão

Não quero
não me apetece
não entro em desespero
esperem que eu regresse
pode ser que algum dia
me salte a tal vontade
e por artes de magia
seja qual for a idade
lá prossiga
a caminhada
com mão amiga amarrada

Mas ficar onde estou
sentir a monotonia
mas sem saber p’ronde vou
metido com fantasia
nisso não sinto prazer
tal coisa não me alegra
não sei que deva fazer
preciso de certa regra

Vou andando
sem destino
e se paro não sei quando
num enorme desatino
julgando que era p’ro Norte
por isso cheguei aqui
só confiando na sorte
se foi para o que nasci
mais valia ter ficado
nas origens paternais
não atingiria o estado
de procurar ideais

Se em dada altura da vida
já não interessa o caminho
pois se está certa a partida
quando é que não adivinho
para trás ou para a frente
agora tanto me dá
se há quem comande a gente
ir p’raqui ou p’racolá
não quero
nem me apetece

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