quinta-feira, 14 de abril de 2011

PRESIDENTE ACTUA?



A FASE AGORA é de aguardar. Não podemos nós, cidadãos do nosso País, fazer outra coisa que não seja ver o que é que os técnicos estrangeiros que estão a analisar as contas portuguesas encontram e, após isso, decidem como irão ajudar essa gente que nos meteu nesta alhada.
Entretanto, mesmo que o Presidente da República não tenha poderes para actuar e, nesta circunstância de não haver Governo em actuação, ainda menos depende da sua actuação prática, o que sim seria importante que se assistisse era a uma intervenção pública, dando mostras de que não se encontra atado de pés, mãos e boca como parece que se encontra.
Os partidos estão também limitados a fazer aquilo que lhes é tão fácil e que é o atacarem-se uns aos outros, dando mostras do desentendimento crónico entre eles, não acrescentando nada de concreto que provoque alguma esperança nos votantes que, no dia 5 de Junho, irão fazer a sua escolha.
O povo, entretanto, continua encostado às paredes, os que não tem emprego mas também os que ainda se mantêm com tarefas, posto que o trabalho é coisa que nunca entusiasmou excessivamente estes lusitanos que, desde os tempos dos visigodos, se arredam, o mais que podem, do que represente esforço, logo produção.
Não se trata de um exagero, mas de uma constatação que, a cada passo, podemos confirmar na nossa movimentação diária com qualquer propósito concreto. Ainda ontem, ao ter de utilizar os serviços dos Serviços de Saúde do meu bairro, comecei logo por deparar com um atraso da chegada da médica e a falta da funcionária que, na sala de espera atende os doentes. As luzes encontravam-se todas acesas nas salas onde não havia clínicos, e o resultado da consulta não foi positivo, pois que uma série de burocracias retardaram para outro dia o motivo da visita.
Mas, à saída, passando por um edifício onde funciona uma repartição pública, os vários funcionários que no exterior fumavam o seu cigarrito constituíam a prova de como se trabalha pouco neste nosso sítio, sobretudo quando é o Estado a pagar – ou seja nós todos.
Nos café por onde passei, ao entrar num deles repleto de freguesia que não estava na idade da reforma, consegui perceber que a maioria dos clientes sentados estavam agarrados a jornais desportivos, por sinal que o estabelecimento facilita, o que torna a sua venda mais limitada.
Mais adiante, três funcionários da empresa camarária EMEL, passeavam-se fardados e de livrinhos de multas na mão, dando ideia de que não se empenhavam completamente nas suas funções e que o ordenado apareceria na mesma.
Esta escrita assim de rajada é para mostrar como me encontro completamente identificado com o comportamento dos portugueses, especialmente os que vivem numa cidade como esta de Lisboa, mas que não se diferenciam muito do resto do País.

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