sábado, 2 de abril de 2011

AINDA HÁ DÚVIDAS?


NÃO É NECESSÁRIO voltar de novo ao assunto. E, no que me diz respeito, eu só me interrogo se esses políticos que andam por aí são excessivamente estúpidos ou haverá outra razão que levará a que eu me antecipe a analisar os problemas em que estamos envolvidos só porque sou um ser extraterrestre. E como não é esse o meu caso, nem sequer me considero um cidadão privilegiado em inteligência superior, o que sou obrigado a concluir é que existem motivos de ordem pessoal e, portanto material, que levam a que os Sócrates que existem por aí, incluindo os que se intitulam adversários das suas ideias, que não são capazes de declarar de forma aberta e pública que este atraso que se tem verificado em confessar que não temos outra forma de sair do profundo buraco em que estamos metidos que não seja através da intervenção estranha, que é como quem diz, por intermédio de um FMI qualquer, por muito que custe aos múltiplos orgulhosos que temos por cá e que considerem que nos chega a nossa capacidade para pormos em ordem o que foi criado também pelos patrões portugueses. Não há que ter dúvidas de que, com um atraso que nos custa cada vez mais caro, será apenas através dessas organizações financeiras estranhas ao nosso domínio que acabarão por meter mão naquilo que, por nossa própria iniciativa, que poderemos aliviar um pouco as nossas consciências… que não as dificuldades. É evidente que, quanto mais tarde isso suceder, mais dolorosa será a intervenção que terá de ser feita, o que quer dizer que se o “sábio” Sócrates não fosse tão convencido do seu saber e tivesse recorrido tempos atrás ao apoio de que necessitamos, evitando os empréstimos sucessivos que nos têm sido feitos a juros altíssimos e com períodos de pagamento que não vamos poder cumprir, não seria já em Junho próximo que uma enormíssima verba deve ser liquidada pelo Estado nacional, coisa que, nesta altura e quando chegar a data ninguém sabe onde vai arranjar o dinheiro… Claro que as Esquerdas radicais estão, neste aspecto, de acordo com Sócrates. Mas como não lhes vai caber ter de interferir na solução do problema nacional, podem ser ditas todas as coisas que lhes saírem da cabeça, apenas para marcar a diferença com as tendências que se têm manifestado em não dar tal passo. O pior é que não se vislumbra outro caminho e esse já é mais do que inevitável. O panorama de miséria que vai ser o que este País dará mostras dentro de pouco tempo, esse, sendo já bem visível nesta altura, colocará Portugal na lista dos pobres pedintes que alinham no grupo das nações de um quarto ou quinto mundo. Venha lá o grupo governamental que for, os portugueses não têm outro remédio que não seja sujeitar-se à triste realidade que uns tantos irresponsáveis – porque não irão responder por nenhum erro que cometeram – se entretiveram a criar. E os que sempre estiveram contra o FMI, claro que têm motivos para manter essa atitude, porque o que vai ocorrer não é nenhuma salvação bendita… só que não há já outro remédio! E assim se faz a História!... Com verdades de um lado e verdades do outro e com a verdadeira verdade a assistir.

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