terça-feira, 28 de setembro de 2010

ENGANADO

A rua que m’ensinaram onde ir
a porta com o número que anotei
o caminho que teria de seguir
a difícil rota por onde andei
Tudo com esperança
Sem medrança
porque ali encontraria a felicidade
deixaria para trás a mesquinhez
onde seria pura a amizade
o gosto de viver vinha de vez
Perfeição
Ilusão
porém, depois de muito procurar
por becos e vielas me meter
de ter pensado em não continuar
face à perspectiva de me perder
Parei p’ra respirar
Precisava de m’animar
tinha sido por certo enganado
o que queria ver não existia
tinha tido todo aquele enfado
felicidade total não havia
Avisado fiquei
Mas já não parei
alguém me preveniu pelo caminho
que não valia a pena eu cansar-me
a vida tinha mais do que um espinho
pelo que era esse o conselho a dar-me

Fé que nos cega lá me empurrou
não queria ficar agarrado ao solo
já ninguém ao ouvido me sussurrou
pois era desmedido o desconsolo


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