segunda-feira, 30 de agosto de 2010

MUNDO

Oh tu, que és Pai de todos
mas tratada com desprezo
por aqueles, os teus filhos
que te despejam os lodos
para aliviar o peso
e entregar-te sarilhos

É altura de vingança
de chamares a atenção
dos milhões que por cá andam
que é o fim de toda a dança
ou encontram a razão
ou do planeta desandam

Uns abanões p’ra mostrar
que não há sítio seguro
e fazer revolto o mar
com uns ventos a assoprar
com força a pôr tudo escuro
com casas a desabar

Os vulcões de boca aberta
a vomitar labaredas
queimando tudo à volta
já não há certeza certa
são muitas todas as perdas
anda a loucura à solta

Isso é só p’ra s’aprender
que quem manda cá na Terra
não é o Homem, coitado
se não soube obedecer
ao ter declarado a guerra
perde sem ser perdoado

És tu Pai Natureza
que não te deixas vencer
p’lo Homem, suas maldades
se respondes de surpresa
tens de fazê-lo aprender
que se pagam ruindades

O pior é se uma guerra
de um lado e doutro afinal
faz com que vá tudo ao fundo
e o que restar desta Terra
seja por bem ou por mal
represente o fim do Mundo




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