sábado, 21 de novembro de 2009

QUE FUTURO?

Com tanta desgraça que o mundo mostra,
diariamente, persistentemente
ao tomar conhecimento daquilo que o Homem é capaz
de fazer, com indiferença,
lendo as notícias e passando à frente
como assunto que não lhe diz respeito,
a pergunta que talvez valha a pena fazer
é se este caminho da humanidade
pode conduzir
a algo que aponte para uma melhoria,
para uma aproximação da felicidade,
para levar a que,
após tantos séculos de sofrimento,
o ser humano acabe por compreender
que, sobretudo os dois séculos mais recentes, não contribuíram para que se tivesse parado para pensar
e para concluir que
o avanço tecnológico que
se foi efectivando
só contribuiu para tornar
ainda mais malvado
o interior do Homo Sapiens.
Este último período de 50 anos.
esses então,
só serviram para que comprovar
que a idade, a sapiência, a descoberta de novos valores,
a experiência do antes vivido,
nada disso foi benéfico
quanto à melhoria
das qualidades humanas,
que são essenciais para que todos dêem as mãos
e acabem, de vez,
com as quezílias, as invejas,
sobretudo com os orgulhos,
essa palavra que se encontra agora tanto na moda
e que, em lugar de ser uma qualidade,
se trata de um defeito malquisto.

Perguntem lá a todos aqueles
que foram vítimas, recentemente, dos bombardeamentos,
de um lado e de outro,
na Faixa de Gaza ou em Israel,
se serviu para alguma coisa
terem estado vivos.
E os que sofrem as epidemias
por esse mundo fora?
E os que dormem nas ruas,
por não terem onde acolher-se?
E os que, dia a dia, vão ficando sem emprego, nesta fase triste da crise que ainda vai a meio?

Não pode haver esperança
Quanto ao futuro?
Os que ainda dispuserem de alguma consciência
só lhes restará irem-se entendendo.
Defendendo
e procurar não aumentar ainda mais
a massa da gente
imprópria para consumo

Os optimista pensam ao contrário.
Pois que sejam felizes assim
e que tenham a sorte de ir caminhando para o outro mundo
com a convicção de que
o que fica vai sempre melhorando.

Oxalá tenham razão.

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