terça-feira, 27 de outubro de 2009

CONTEMPLO


Olho o Céu, contemplo
que estará p’além do que se vê
algo que servirá de exemplo
aquilo em que muita gente crê?
Mas partirei sem nunca saber
ninguém me diz p’ra meu sossego
os crentes, a ciência, quem quiser,
esta ignorância que eu carrego.
Este não saber que tanto insiste
podem não crer, mas p’ra mim é dor
já que o que por este mundo existe
já eu sei, não me provoca louvor
o panorama é por demais bem duro
e o Homem tem vindo a piorá-lo
pelo que o que virá no futuro
não dará motivo para amá-lo.
Hà os que acreditam que mais tarde
de cima para baixo lá verão
e disso fazem enorme alarde
e com tal provocam mais confusão.
Oh, quem me dera ter tamanha crença
podia esperar pelo final
e sendo a curiosidade imensa
aprendia no local divinal.
Mas perdi já todas as esperanças
de tamanha ânsia satisfazer
não será durante minhas andanças
que virei algum dia a saber.
Contemplo pois o azul e lindo Céu
com as nuvens passando e repassando
e o que o astronauta conheceu
não mostrou nada do onde e quando.

Continuo assim a contemplar
restam sem resposta tantas perguntas
perdi as esperanças de alcançar
saber de uma só ou todas juntas

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