quinta-feira, 27 de agosto de 2009

RESPONSABILIDADE


Os portugueses poderão vir a ter nas mãos a possibilidade de contribuir para participar na remodelação de um País que necessita que se encontre a solução para resolver os graves problemas que atravessa e que, mesmo sem necessidade de se ser muito pessimista, se situam muito distantes de poderem ser ultrapassados.
Mas eu clarifico melhor esta afirmação: com as eleições legislativas à vista e após um período em que o Governo que se encontrou a actuar não deu mostras de ser capaz de solucionar os variadíssimos problemas que se nos depararam, quem convive com a população no seu dia-a-dia, coisa que não acontece àqueles que se sentam nos cadeirões dos poder, sabe perfeitamente que o descontentamento é muito maior do que os que dão ares de se encontrarem conformados com aquilo que somos e com o que fazemos.
Por esta amostra empírica, não é difícil adiantar que os portugueses, de uma forma bem geral, não se mostram dispostos a querer repetir o que lhes foi proporcionado ao longo dos quatro anos com os dias contados. Logo, em termos de percentagem, não será muito difícil antever que bastantes por cento não deitarão o seu voto com a cruzinha no PS. Que é como quem diz, no José Sócrates.
A dúvida surge, porém, quanto à opção que os nossos compatriotas encontrarão para substituir aquela escolha antes feita, no que resultou a maioria absoluta que foi tão mal aproveitada. No que a mim diz respeito, não me atrevo a dar conselhos, pois bem gostaria eu de ter confiança em qualquer dos grupos partidários que se apresentam perante o eleitorado, se bem que tenha as minhas preferências, pois em branco é que não fico e faltar com a minha presença nas bancadas eleitorais também garanto que não ocorre.
Claro que faltam uns dias largos para a data da nossa tomada de posição e até lá ainda ocorrerão alguns frente-a -frente em que os propostos falarão o que entenderem e, da nossa parte, só é necessário conseguir distinguir as promessas exequíveis das que não passam de mentiras claras. Para já, os milhões que serão gastos com a promoção dos vários partidos, especialmente em cartazes que, no meu entender, constituem a primeira “burrice” dos que comandam essas propagandas políticas, pois não é por aí que os cidadãos fazem as suas opções tratam-se de um dinheiro inteiramente deitado à rua. E por aí se pode aquilatar a qualidade de vários dos responsáveis pelos agrupamentos partidários.
Seja qual for o resultado das eleições, o que é possível antever nesta altura é que uma maioria absoluta de qualquer partido não será conseguida. E como já foram tomadas posições de não junção de forças daqueles que seria mais natural conseguirem uma soma com capacidade de dominar a Assembleia da República, o mais provável será que o Governo que sair em Setembro não terá capacidade de tomar conta da direcção do Estado que somos e do estado em que se encontra.
No que diz respeito aos partidos de Esquerda assumida, se acontecer por cá o que já ocorreu noutros países, pode daí surgir uma surpresa. É que, esses agrupamentos que, nas oposições, dão mostras de excessivamente dogmáticos, ao chegar ao Poder diminuem tais características e optam por posições mais moderadas. Quem sabe o que poderia suceder por cá?
Vamos continuar a falar disto .É tema que não se esgota, nem antes nem depois. O que sim, se esgota é a paciência.

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