sábado, 15 de agosto de 2009

MEDINA CARREIRA



Medina Carreira, por mais amargo que seja, por muito pessimista que surja e por tanto desconsolado que se mostre, no fundo não deixa de ter razão. O que não quer dizer que, se fosse chefe de Governo, teria possibilidade de fazer aquilo que proclama ser essencial.
É verdade que os capitais que participam nas formações de empresas e que tanto necessitamos de receber vindos de fora, sejam c convenientemente acolhidos no nosso País e que uma eficiente e bem exposta programação junto dos potenciais investidores que existem pelo mundo possa ser apresentada nos mercados onde existe a possibilidade de serem conquistados E é para isso que o AICEP existe. Mas, antes de tudo, como diz Medina Carreira, é forçoso que saibamos as razões por que os capitais fogem de Portugal e, ao estar de posse desses elementos, tudo fazer para criar as condições que aliciam os investidores a dar o passo que desejamos.
É evidente que são muitos os obstáculos que existem no nosso País e que não animam os dinheiros de fora a serem colocados no nosso território. Ninguém arrisca um cêntimo que seja se não está seguro que o local onde pode aplicar os seus valores e conhecimentos dispões de mecanismos que proporcionam as condições ideais para tudo correr sobre rodas. E, nesse aspecto, todos nós sabemos que Portugal prima pelas dificuldades burocráticas que cria ao menor passo que se pretenda dar para abrir uma empresa e, depois dela existir, fazer com que não existam impedimentos para o seu andamento legal. Gostamos e sempre gostámos de dificultar a vida daqueles que dão provas de poder criar empregos e desenvolver iniciativas que constituam a criação de riquezas.
É verdade que um Governo, o que possa vir a nascer das próximas eleições, que se dedique a facilitar o nascimento e a vida das empresas, não só as grandes mas também as pequenas, só por isso deve merecer a preferência dos eleitores. E é isso que ainda não foi entendido por todos aqueles que se estão a predispor para concorrer à governação de Portugal. É pena. É triste. Mas demonstra bem como os políticos que existem por cá não são capazes de entender com profundidade aquilo que o nosso País necessita urgentemente.
Não vale a pena dizer mais nada. E ficamos todos a ver decorrer as campanhas que já se iniciaram e as que ainda virão, para analisar se algum partido entendeu o que constitui uma forma de poderem ser ganhas eleições. Nem sei mesmo se Medina Carreira, se estivesse colocado num lugar que lhe pudesse proporcionar a tal chefia, seria capaz de transformar a sua tese em medida prática. Com a AICEP que temos e seguindo uma actuação – aliás que nos sai bem cara – com vários escritórios espalhados pelo mundo, tenho dúvidas de que saibamos fazer o trabalho que, desde o início da sua existência, nunca foi capaz de cumprir com êxito. Era necessário formar todos os funcionários que se encontram lá fora, de modo a que fosse feito um trabalho que resultasse em verdadeiros benefícios para o nosso pobre País.
Já estou como Medina Carreira. Pessimista que dá pena!...

Sem comentários: