sexta-feira, 10 de julho de 2009

SANTANA AÍ VEM



Santana Lopes, na sua qualidade de candidato à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, nas próximas eleições autárquicas, já surgiu a afirmar que vai levar a peito a intenção de construir o novo túnel da avenida Fontes Pereira de Melo, para completar a ligação ao outro túnel que sai no Marquês de Pombal.
Não ponho em questão se esta obra é necessária ou não. O que pergunto, da mesma maneira que apresentei a mesma dúvida aos grandes empreendimentos que Sócrates defendia com tanto ardor – agora, entendeu deixar tais iniciativas para o próximo Governo, o que é de aplaudir -, é se o Município lisboeta dispões de fundos suficientes para se meter em tamanhos gastos, pois é sabido que os últimos responsáveis principais da Câmara deixaram a tesouraria exangue e tanto é assim que se levantaram lutas quanto ao pedido de auxílio bancário, o que só foi conseguido em parte.
No que se refere a este candidato que pretende repetir uma experiência anterior que não lhe saiu bem e todos nos recordamos do caso do Parque Mayer, em que o o projecto foi entregue a um arquitecto americano que, por muito competente que seja – e é, para além de promotor de nomeada daquilo em que se mete -, faz-se pagar principescamente e não tem de saber se, em termos oficiais, o terreno em causa está disponível para a obra ser executada – e não estava, pelo que tudo se encontra no estado em que se arrasta há imensos anos.
Também, quanto a Lisboa, os trabalhos que estão a ser escutados no Terreiro do Paço, por muito necessário que sejam – e não está provado que sejam estas as que mais serão indicadas para o local em causa -, não podem os lisboetas deixar de perguntar-se se não seria mais lógico que se começasse por arranjar os pisos das ruas mais movimentadas, pois os solavancos e os estragos nas viaturas não podem continuar por todos os motivos.
Afinal, quer seja no Governo quer na presidência da C.M.L., aquilo a que se assiste é a não serem atendidas devidamente as opções no capítulo de serem colocadas por ordem de urgência as obras que serão precisas. É um mal que vem de longe e que os nossos políticos parecem querer repetir sucessivamente. O que importa é o que dá mais nas vistas e não o que se torna inadiável para o conforto e o bem-estar dos cidadãos. Aguentemos, pois!...

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