terça-feira, 30 de junho de 2009

OPÇÕES


Não me posso esquivar a comentar sempre que ocorrem quaisquer obras na nossa cidade de Lisboa ou quando, pelo contrário, não se avança com trabalhos que estão à vista de todos que têm de ser levados a cabo com urgência, com bom senso e com competência. Por isso, uso este espaço para me referir agora aos trabalhos que estão a prosseguir no Terreiro do Paço e em que o presidente da Câmara Municipal da cidade parece estar a usar todo o seu empenho.
Quem me acompanha, desde sempre, nos escritos que produzo respeitantes à nossa capital sabe que todas as actuações que têm como objectivo introduzir alterações em Lisboa, no capítulo da sua melhoria – e quando isso não sucede, também intervenho -, sabe perfeitamente que uma das minhas preocupações jornalísticas se tem pautado por forçar a que a beleza da nossa cidade seja aproveitada ao máximo e que a tristeza implantada na ruas, sobretudo a partir dos fins de tarde e em particular na chamada “Baixa”, esse aspecto tão desagradável e que espanta os turistas que nos visitam seja alterado.
Pois bem, não quero pronunciar-me ainda sobre se as mudanças que estão a produzir-se na Praça do Comércio são as mais adequadas ou não. Guardo essa apreciação para quando estiver concluída a obra que ali se faz. Mas, no plano geral das finanças públicas e ao ter recebido agora mesmo a notícia televisiva de que as esquadras da polícia de Lisboa estão desguarnecidas de viaturas para acudir às chamadas urgentes que os cidadãos fazem, o que me ocorre é, mais uma vez, uma questão de prioridades. E nisso, haveria que existir uma concordância entre o Município e o Governo, pois que se trata, como acontece frequentemente, de um problema de opções.
Quando tanto se apregoam obras públicas de custos monstruosos, em que o endividamento sobretudo ao estrangeiro é a única forma de se fazer face a tamanhos encargos – por muito que eles sejam precisos, mas a seu tempo -, isso da segurança dos cidadãos e do cumprimento das obrigações que cabem à polícia assegurar não poder ser cumprida, tem forçosamente que criar nos portugueses uma atitude de indignação.
E é só isto que me ocorre dizer no capítulo das obras no Terreiro do Paço e na falta de tanta coisa que se situa no campo das urgências.
A linda praça junto ao Tejo, que tanto agrada aos alfacinhas, apesar de, a partir das 20 horas, se encontrar deserta, merece e precisa de arranjos. Não há dúvidas quanto a isso. Mas não se poderia ter começado por outra coisa? Bem sei que aquilo dá mais nas vistas e sempre estamos
à porta de eleições municipais!...

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