terça-feira, 24 de março de 2009

NOVA PONTE




Repete-se o que se passou com a discussão sobre o local onde instalar o novo aeroporto, em que o cómico ministro das Obras Públicas lançou o seu célebre “jamais” e em que nesta altura está a insistir com a nova ponte sobre o Tejo, para facilitar as comunicações com o aeroporto que, parece, sempre se vai fixar na outra banda. Mário Lino, com aquele seu ar que dá vontade de rir aos portugueses, garante que deposita toda a confiança nos estudos que foram feitos no que diz respeito à ligação Chelas/Barreiro, quando existem opiniões, suponho que também fundamentadas tecnicamente, que aconselham que a ponte ligue o Beato ao Montijo, por ser mais directo a Alcochete, local onde se fixará o tal discutido aeroporto. Dizem alguns que esta ligação poupa 7,3 kms. Em comparação com a preferência do Lino. Os cidadãos, que não têm acesso aos estudos, só podem aguardar pelo fim do confronto e aceitar, sem outro remédio, o que for decido pelos que têm nas mãos o poder. Mais tarde logo se vê se foi uma boa opção ou se se tratou de mais um equívoco dos muitos que ocorrem por cá e em que os que chegam depois ao Governo têm de enfrentar, se pertencerem a outro partido, e logo acusam o anterior de "burrice” e de dinheiro mal gasto. E andamos sempre nisto, sem que ninguém seja julgado por ser teimoso e incompetente.
Eu, aqui neste blogue, não posso acrescentar uma opinião que valha a pena. Mas tenho a humildade de reconhecer que quem sabe são os outros e que só depois de se terem desembolsado milhões é que se pode chegar a uma conclusão. Que bom seria que José Sócrates fosse assim, soubesse ouvir, despender o que fosse preciso para que os que são competentes em cada matéria garantam a melhor qualidade do trabalho que está em estudo. E se não for assim, responsabilizar os que deram opinião e foram pagos para isso, no caso de se terem enganado.
Isto? No nosso País? Em que ninguém tem culpa de nada e podem aparecer perante as câmaras de televisão a fazerem figura de sábios?
É o que temos. O desastre é que continuamos nisto…

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