sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

QUE VEJO?

QUE VEJO ?

Olho e vejo
mas que vejo?
aquilo que não me agrada
fecho os olhos
p’a não ver
mas ficou-me na memória
aquilo que não quero crer
que existe
e que persiste
em não sair da lembrança
parece ser a vingança
de algo que então gostei
e que até mesmo amei
mas que pertence ao passado
a caso ultrapassado
que não é já tema d’hoje
porque foge

Não quero ver nem olhar
e muito menos pensar
naquilo que em tempos foi
e que hoje ainda dói
assunto que já passou
desandou
não quero tê-lo na mente
mas surge-me de repente

E que vou fazer agora?
Sem tempo para demora
o que o destino me traz
e que de mim pouco faz
pois de todo enganou-me
e num golpe embrulhou-me
obrigando-me a ceder
e a nada poder fazer
contra o que em anos passados
seriam amores olvidados
que afinal renasceram?
Enganei-me: não morreram

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