domingo, 15 de fevereiro de 2009

QUE FUTURO?



Com tanta desgraça que o mundo mostra,
diariamente, persistentemente
ao tomar conhecimento daquilo que o Homem é capaz de fazer, com indiferença, lendo as notícias e passando à frente como assunto que não lhe diz respeito,
a pergunta que talvez valha a pena fazer
é se este caminho da humanidade pode conduzir
a algo que aponte para uma melhoria, para uma aproximação da felicidade,
para levar a que, após tantos séculos de sofrimento,
o ser humano acabe por compreender
que, sobretudo os dois séculos mais recentes,
não contribuíram para que se tivesse parado para pensar e para concluir que
o avanço tecnológico que
se foi efectivando
só contribuiu para tornar ainda mais malvado o interior do velho Homo Sapiens.
Este último período dos cinquenta anos,
esses então só serviram para comprovar que
a idade, a sapiência, a descoberta de novos valores,
a experiência do antes vivido,
nada disso foi benéfico quanto à melhoria
das qualidades humanas que são essenciais
para que todos dêem as mãos
e acabem, de vez, com as quezílias,
com as invejas,
sobretudo com os orgulhos,
essa palavra que se encontra agora tanto na moda
e que, em lugar de ser uma qualidade,
se trata sobretudo de um defeito perigoso.

Perguntem lá a todos aqueles
que foram vítimas, recentemente, dos bombardeamentos, de um lado e de outro,
na Faixa de Gaza ou em Israel,
se serviu para alguma coisa terem estado vivos.
E os que sofrem as epidemias por esse mundo fora?
E os que dormem nas ruas,
por não terem onde acolher-se?
E aos que ficaram sem emprego
nesta fase dramática da crise?
Que fazer com todos esses milhares de milhões
de gente sem trabalho?

Não pode haver esperanças quanto ao futuro,
os que ainda dispuserem de alguma consciência
só lhes restará irem-se defendendo e
procurar não aumentar ainda mais
a massa de gente
imprópria para consumo

Os optimistas pensam isto mas ao contrário.
Pois que sejam felizes assim.
E que tenham a sorte de ir caminhando para outro mundo
Com a convicção de que
o que fica vai sempre melhorando.

Andou Darwing a queimar as pestanas com a descoberta da evolução física do Homem.
Já outro, muito antes, quis provar que era a Terra que girava à volta do Sol, tendo que engolir em seco
porque forças religiosas impunham o contrário, dado que lhes convinha.
Falta agora saber como tudo isto acabará. Como nos extinguiremos.
E o mistério é o ambiente que vai envolver os que cá andarem no futuro.

Paz às suas almas ou às suas cinzas.

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