domingo, 30 de novembro de 2008

CARTÃO DO CIDADÃO





Hoje, até porque tenho um tempo muito limitado visto que acabei de chegar de Torres Novas onde fui para servir de júri no Festival do Arroz Doce, não posso alargar-me em comentários sobre o que ocorre aqui no nosso País, que mereça fazer perder tempo aos leitores do meu blogue – que parece estarem a ser cada vez em maior número – com a sua apreciação. Mas como tenho feito questão que, cada dia que passa, não deixe ter algum apontamento da minha autoria, nem que seja apenas um poema ou um pensamento que me tenha ocorrido, por isso eis-me com meia dúzia de palavras.
E o que me leva a preencher este espaço é a notícia que li de que já tinge a casa de umas centenas de milhar o número de pedidos e de parte já entregue do novo Cartão do Cidadão, que reúne, num só documento, vários dos outros de identificação que é preciso transportar sempre nas nossas carteira.
Segundo está a ser divulgado, este documento preenche o espaço dos característicos bilhetes: de Identidade, de Contribuinte, Segurança Social, Utente de Saúde e de Eleitor. É pena que não ocupe também o referente à Carta de Condução, como sucede em muitos países onde este cartão tem uma importância essencial na identificação do possuidor.
Mas, basta-me, por hoje, sublinhar dois factores, um de crítica e outro de elogio O primeiro é, como de costume na nossa Terra, começar-se uma iniciativa tomada sem antes nos prepararmos convenientemente para prestar o serviço sem falhas e correspondendo a uma programação bem pensada e melhor ainda posta em prática. É que, após dois meses de ter começado o serviço de satisfação dos pedidos dos cidadãos que desejam usufruir deste serviço, foram necessários abrir mais 31 balcões para responder à afluência que, pelos vistos, não era esperada (?), mas, mesmo assim, ocorrem mais de 3 horas de "seca" para tratar do documento, quem pretende fazer a marcação pelo telefone para conseguir marcação, é-lhe dada uma data bastante longínqua que desanima qualquer interessado, o sistema informático dos serviços chegou a ir abaixo em determinada altura e não se sabe quando tudo funcionará correctamente, por forma a darmos os parabéns por termos, aqui e acolá, algumas coisas que acabam por chegar depois de os vermos a ser utilizados lá fora. O outro factor que refiro, o do elogio, é por constatar que aquilo que eu apontei várias vezes em escritos da minha autoria, inclusivamente num blogue atrasado, que era precisamente a necessidade de acabarmos de vez com a quantidade enorme de cartões que temos de carregar para provar a nossa existência, por ter sido posta em prática essa minha insistência – e não terá sido, certamente, pelo facto de ter teimado em referir o assunto – merece que eu agora faça o elogio, repito, reconhecendo que, apesar de tudo, mais vale tarde do que nunca.
Vamos agora esperar pela conclusão do processo e até o alargamento dos serviços, para que não se torne necessário sermos portadores de um arquivo para, com a maior rapidez, demonstrarmos quem somos.

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