sábado, 18 de outubro de 2008

DESENCANTO... POR ENQUANTO!

Tenho a impressão de que o tempo passou, hoje que tenho mais idade, muito mais velozmente do que quando não sentia o peso dos anos sobre os ombros. Ocorre um acontecimento qualquer e, mal damos por isso, já parece que passou um largo tempo, o que nos faz exclamar: “Até parece que foi ontem!...”
Mal passa um Natal e logo nos cai em cima uma Páscoa e quando damos por isso surge o calor a convidar-nos para uma ida à praia.
O passado foi há bocadinho, é o que parece agora em que assisto ao tempo numa correria desenfreada. É por isso que tenho pena. Não quero sofrer o risco de já não ter ocasião para cá deixar tudo que, talvez com excessivo optimismo, julgo que ainda serei capaz de produzir.
Aqueles que, com a minha idade, não se apressam, não se atormentam com o tempo que voa, que não têm esse sofrimento, sentam-se e esperam. Que felicidade!...

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