terça-feira, 16 de setembro de 2008

DESENCANTO... POR ENQUANTO!


Parece-me que, noutro escrito, já me referi a este tema. Se sim, como não releio o que redijo, para não me arrepender e dar o dito por não dito, não posso confirmá-lo. Mas, também não me importo de repetir. A insistência dará o seu resultado. Já lá diz o ditado que “água mole, em pedra dura…”
A questão é a de esta nossa capital mostrar uma plena aversão às flores. Não será a cidade, ela própria, mas sim quem dispõe de poder para interferir no seu aspecto e na sua funcionalidade. Alguma coisa de útil, de belo, de imaginativo. Que, sem mexer muito nos cofres da Edilidade, seja digno de aplauso por parte dos lisboetas.
E quando me refiro à ausência de canteiros, vasos com flores e tudo que possa servir para exibir plantas lindas, não quero dizer apenas o acto de as plantar, mas também manter uma equipa de jardineiros que cuide regularmente da sua manutenção.
Mas não só isso. É imperioso educar os cidadãos, de modo a respeitarem o que está florido. Dizer-lhes, por todas as formas que a comunicação oferece, que as flores pertencem-lhes, que estão ali para agrado da população.
E essa educação, como tantas outras, começa no ensino primário. Entusiasmando e premiando as escolas que fomentem, como já se tem visto nas praias, a limpeza dos espaços floridos. Retirando os restos de cigarros, os papéis e tudo que esteja a mais.
As Juntas de Freguesia deviam ter essa preocupação em cada zona a seu cargo. Era dividir o trabalho pelas aldeias…
Mas, que fantasia a minha! Como isto que se escreve com a maior facilidade, pudesse ser acolhido de bom grado por aqueles que lhes custa viver em comunidade. Eu, por mim, dou uma ajuda. Sugiro. Já é alguma coisa.
E se me refiro a Lisboa, que é o que tenho à mão, estendo esta observação a todo o Portugal. Porque a carapuça serve a quem a enfiar. Ou a quem, podendo mudar as coisas, não faz nada pela terra onde vive. Se este texto vier a figurar num livro e esse chegar a diversos pontos do País, então que os que o lerem metam a mão na consciência. E digam se não fica mais bonita a aldeia, a vila ou a cidade onde residem, com flores espalhadas e cuidadas. Claro, bem cuidadas!...


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