sábado, 31 de maio de 2008

SOLUÇÃO PARA A CRISE


Perante a crise que grassa pelo mundo e de que nós, em Portugal, tanto nos estamos a queixar e com razão, pois, para a maioria de todos nós, cada dia que passa se nos apresenta mais difícil de ultrapassar, se surgisse uma receita, sobretudo apresentada por um candidato nacional a condutor de um partido político, seguramente que nem seria necessário efectuar uma grande campanha promocional porque, sem esforço, ganharia as eleições que se apresentassem para escolher um líder.
No nosso caso, e, sobretudo no momento em que redijo este texto e em que não sei ainda quem vai sair vencedor na luta que tem sido travada no PSD – poderia ter esperado um par de horas, mas prefiro fazer este exercício na total ignorância dos resultados -, o desejo de ver surgir uma “cabeça” com todas as características necessárias para solucionar o problema que existe naquele partido e que possa estar em condições de alinhar na luta eleitoral que se perfila no panorama nacional que começa a aproximar-se, essa ânsia de que exista alguém com o mínimo de bom senso, honradez, política e todas as outras características que têm faltado no espectro governativo que nos tem conduzido desde que a Revolução mudou as circunstâncias atrás vigentes, essa personalidade suficientemente humilde para não se julgar ser superior a todos os outros e ser capaz de saber ver e ouvir, mesmo sem experiência política mas com o mínimo de capacidade de levar por diante este Portugal farto de sofrer, seja ela proveniente dos sociais-democratas como dos socialistas, dos partidos mais à esquerda e também, por que não(?), dos agrupamentos que lutem por uma viragem à Direita, por mais desconfiados que estejamos – os que viveram esse período – de um sistema que nos impôs a sua própria vontade, sem permitir que os outros mostrassem a sua, tal ser quase misterioso é o que a maioria esmagadora dos cidadãos deste Portugal anseia por que apareça.
E depois deste longo preâmbulo, na mesma altura em que vai começar um encontro de futebol entre Portugal e Geórgia, em que se criou um espírito de patrioteirismo ligado ao desejo da nossa vitória por golos, os problemas económicos, políticos, sociais que, mesmo sendo um sábado, dia de menos preocupações, não deixam e nos apoquentar – eu, por exemplo, não retirei o meu carro do estacionamento, apavorado com o custo da gasolina que voltou a aumentar -, vale a pena fazer aqui uma paragem para conhecer os dois resultados: o do PSD e o do futebol em que participa a equipa nacional. Voltarei logo que sejam conhecidos os dois resultados, mas, devo confessá-lo, sem grandes expectativas quanto a qualquer dos desfechos. No caso do futebol, dizem-me, trata-se somente de um jogo sem responsabilidades no que diz respeito a colocações quanto a enfrentamentos seguintes. Já no que se refere a ficar decidido quem irá comandar as hostes do PSD, neste caso é de facto importante saber se a personalidade eleita é a tal que poderá desempenhar as funções de principal oponente ao Governo, com indicações claras no capítulo das medidas a terem de ser tomadas
para obrigar o Poder existente a sair do convencimento de que está a fazer um serviço que ninguém é capaz de superar em qualidade. Eu é que não me convenço que esse "milagre" se opere. Ao fim de 34 anos à esepra de Godot, não consigo colocar-me noutra posição...

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