sexta-feira, 2 de setembro de 2011

VIAGENS... E RESULTADOS?




AS VIAGENS QUE O PRIMEIRO-MINISTRO tem andado a fazer, como as que foram agora tornadas públicas, e em que visitou o companheiro espanhol e a senhora Merkel, se foram revestidas do propósito de angariar a vinda de empresas dos dois países para se instalarem também no nosso País, merecem sem dúvida o aplauso de todos nós, pois são dadas como bem empregados os gastos que ocasionam as saídas de Portugal, sobretudo se são grandes as comitivas que o acompanham.
É claro que – e cá volto eu a referir o que me preocupa sempre – se o Aicep fizer como deve o seu trabalho, que é o de procurar que exportemos o mais que for possível, mas que, dada a nossa pouca produção, fazendo o melhor que conseguir para trazer para o nosso território investidores, sobretudo se forem empresas que tenham a sua actividade no estrangeiro e que estendam a sua actividade através de indústrias, se isso suceder teremos que depositar confiança nos responsáveis que se encontram na referida Aicep.
Com tantas sucursais espalhadas pelo mundo, que custam muito caro aos cofres do Estado, actuarem como é sua obrigação, se o responsável nacional pela mesma organização – que tem sido ultimamente Basílio Horta, que se encostou ao Partido Socialista apesar de ter sido um dos activos membros do CDS – tiver a maior atenção para que os resultados práticos da sua actividade forem visíveis, grande parte do trabalho se encontra realizado e as idas ao estrangeiro do nosso primeiro-ministro só servirão para confirmar o nosso interesse em ver instalados em Portugal o maior número possível de empreendimentos que, posteriormente, podem contribuir para o aumento de exportações nacionais.
Parta além da mão-de-obra que poderão utilizar, diminuindo o desemprego que grassa no nosso País, se as unidades fabris que vierem para cá forem colocadas, através de facilidades que lhes sejam concedidas, nos espaço desocupados e até desertos que abundam no interior de Portugal, então, de uma cajadada matamos dois coelhos, ou melhor três, pois aumentam as exportações, criamos empregos, damos vida aos sítios onde hoje só vivem velhos e – afinal são quatro os benefícios – criamos possibilidade de serem aproveitadas algumas contribuições fiscais, tanto para as autarquias como para o próprio Estado. Esta deveria ser a preocupação principal dos governantes que temos, ou seja fazer todo o “namoro” possível às empresas estrangeiras para estenderem as suas actividades para o nosso País e, para isso, o essencial é que se criem as condições extraordinárias para atrair esses investidores, quer através de espaços livres que existem com fartura no interior nacional quer também por intermédio de facilidades, sem qualquer das burocracias de que tanto gostamos por cá, e juntando os municípios ao Ministério da Economia em tal aspiração colocar todo o nosso emprenho para atingirmos os objectivos desejado.
É isto que um Executivo com atitudes práticas deve fazer. Mesmo que tenhamos que pôr de parte velhos hábitos, aqueles de só complicar o que deve ser facilitado o mais possível. Ainda que revolte os nossos pobres empresários que, como se sabe, cada vez que querem dar um passo para alargar os seus empreendimentos só encontram obstáculos e dificuldades.

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