sábado, 13 de agosto de 2011

PESSIMISTA

Por muito que o pessimismo
magoe a nossa cabeça
p’ra fugir de tal abismo
há qu’esperar qu’aconteça
um milagre e muita crença
no futuro que virá
e se contemple a nascença
de um qualquer Alá
com outro ou com esse nome
capaz d’enfrentar tormentas
que ponha fim à vil fome
e às coisas odientas
porque o Homem, já sabemos,
não consegue dar a volta
aos males de que sofremos
e que nos causam revolta

Depois de milhões de anos
a estragar o que existia
foram eles, seres humanos,
que sem a menor mestria
foram o mundo destruindo
até chegar ao que existe
maltratando e agredindo
tornando a vida mais triste
apesar das modernices
dos inventos espaventosos
engenhocas, doutorices,
na busca só de mais gozos

Mesmo mais depressa andar
e falar com longe gente
não serviu p’ra minorar
aquilo que está presente
e que é a vil tristeza
de em cada dia que passa
se ir perdendo a defesa
contra a enorme desgraça
de ficar longe o domínio
do mundo onde vivemos
ser claro o vaticínio
de que em breve não cabemos

De tanto mexer na Terra
de aquecer o ambiente
sabendo o Homem que erra
mesmo assim não é prudente
e segue destruição
não protege florestas
aumenta a poluição
indo por vias funestas
velhas estações do ano
que hoje já não perduram
transformaram-se em engano
temperaturas se misturam

Perante estrago tanto
do Homem tão insensível
a vida perdeu encanto
pouco já é aprazível
tem lugar o pessimismo
mesmo p’ro mais animado
ganha força o ateísmo
é melhor ficar calado



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