sexta-feira, 19 de agosto de 2011

SONHAR É BOM!...



OBSERVANDO BEM O QUE SE PASSA neste País, temos de assinalar que o mês de Agosto, desde o dia 1, deu mostras de uma redução de movimento nas ruas de Lisboa, mas, chegado ao dia 15, essa calmaria que se gozava mudou radicalmente, sinal de que grande parte dos habitantes que se tinham deslocado para férias cautelosamente regressaram e o feriado que ocorreu na sexta-feira e que também serviu às mil maravilhas para uma das tão desejadas “pontes” fez com que as estradas se tivessem enchido de viaturas de volta à capital, ao ponto de ter voltado a ver-se um movimento de pessoas que fazia esquecer o tempo de férias.
É isto a que a crise obriga e começa-se a verificar que os portugueses estão a entranhar a situação de dificuldades que, para bastantes, ainda é coisa que só acontece aos outros.
Mas, circulando nas ruas em que habitualmente se transita e estando atentos às lojas que se viam em determinados circuitos, depara-se com um grande número que têm as portas fechadas e até com indicações de que já não estão em funcionamento. Segundo se leu, um dia destes, na Imprensa, no nosso País há cada vez mais empresas a declararem falência e por dia, diz a mesma informação, registam-se 17 que acabam de funcionar.
Porém, o que é verdadeiramente intrigante é que, na mesma Imprensa, se anuncia que a administração da Caixa Geral de Depósitos custa 2,585 milhões de euros por ano. Isso, enquanto, por outro lado, se propaga que as férias judiciais deparam com 6,2 milhões de euros em processos, ou seja, existe nos tribunais 1.149 processos pendentes que correspondem ao montante referido, ou seja trata-se de um valor de grande importância que se encontra paralisado à espera das decisões dos juízes.
Por aqui se pode verificar como o nosso País produz mel e sempre com atraso, pois que não é apenas nos campos e nas fábricas que respondemos com deficiência às necessidades nacionais, mas em todas as actividades em que a mão humana tem de interferir. Temos de ser nós próprios, dentro do País a reconhecer tal característica negativa, não desejando que venham de fora, seja quem for, a indicar-nos as razões do atraso em que nos encontramos em relação à própria Europa a que pertencemos.
Veio anunciado, um dia destes, que Portugal pode produzir 280 milhões de ouro e que uma empresa se dispôs a iniciar a exploração de 490 quilos por ano. Ora, se assim é, não será caso para que as instituições oficiais coloquem os olhos nesta possibilidade e se apressem a não colocar impedimentos burocráticos – se for este o caso – de forma a que se possa usufruir, o mais rapidamente possível, desta valiosa ajuda às nossas finanças?
Igualmente, no imenso oceano que temos pela frente, havendo a possibilidade de existir petróleo, terão sido dados os passos necessários a obter os rendimentos que tal fortuna tem dado a vários países?
Digo nisto porque só com um “milagre” destes tipos é que talvez possamos sair do buraco em que estamos metidos e, sendo assim, há que confiar na sorte e jogar tudo para que não sejam apenas os países árabes e Angola (onde já estivemos e não obtivemos nenhum benefício com o oiro negro) a gozar dos privilégios das extracções do fundo da terra e dos mares.
Quem se encontra metido numa aflição é lógico que deposite esperanças em tudo o que pode acontecer, o mais viável e até o menos previsível. É o que estou a fazer.

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