domingo, 28 de agosto de 2011

ESSE JARDIM, SE NAO EXISTISSE...



FICOU-SE AGORA A SABER que a dívida da Madeira anda em redor dos mil milhões de euros e Jardim faz acusações ao Governo da Metrópole, especialmente ao que foi comandado por José Sócrates – que já não se encontra em condições de rebater o que quer que seja -, afirmando que não recebeu a ajuda necessária para fazer frente aos gastos que ele considerava necessários no arquipélago de que é responsável. E insurge-se, acima de tudo, por não ter sido dada ao Governo madeirense a autonomia essencial para ele ter força para decidir, sem interferência do poder central, no que se refere a medidas a tomar no capítulo de obras que, diga-se a verdade, o responsável local por aquele arquipélago tem executado com fartura.
Tudo isso estaria bem se, na Metrópole, todas as zonas que têm necessidade de ver executados arranjos, que há muitos anos as populações locais reclamam, e que são adiadas de Governo para Governo com a desculpa de falta de verba. Por isso não é admissível que, só para calar a boca ao Jardim da Madeira, se atendam as suas exigências e se deixem os portugueses de muitas zonas do Continente a chuchar no dedo, dado que não têm à frente dos respectivos Concelhos homens que, ofendendo mesmo as personalidades que comandam o Executivo, conseguem alcançar o que é pretendido e justo.
A ameaça que, volta não volta, se entende nas palavras do homem em causa, de caminhar para uma independência daquele território situado em pleno Atlântico, mesmo sem saber se os madeirenses pretendem tal mudança, o que apetece é fazer a vontade a quem aspira por mais poder pessoal, ainda que essa alteração do que existe trouxesse os maiores problemas de sobrevivência aos que são naturais daquele Paraíso terrestre que consegue assim se manter mesmo com as limitações que um País como o nosso tem de enfrentar em todo o seu território.
O que não se pode admitir é que as forças vivas que têm o dever de governar todo o espaço nacional deixem um Jardim qualquer sem a resposta que ele merece, posto que a Democracia que se segue por cá autoriza que cada um dê mostras públicas daquilo que pensa, mas largar aquelas bojardas que saem da boca de quem devia ter mais tento na língua, posto que não é o lugar que ocupa o referido Jardim, mesmo sendo por eleição e escolha dos naturais daquelas ilhas, que lhe permite arrogar-se o direito de utilizar os discursos para pretender dar mostras aos que o elegem que ele é o verdadeiro e único defensor dos interesses da população local.
Se um dia, através de uma determinação dentro dos princípios que a nossa Constituição permite, lhe for feita a vontade, entregando-se-lhe a “chave” de que ele se julga ser merecedor, seria divertido assistir ao susto que o homem apanhava, pois acabava-se o sítio onde ele, sempre que está aflito, recorre e então surgiria de mão estendida a solicitar a esmola que era essencial para que todo as duas ilhas não passassem fome.
A paciência tem limites. E a do lado de cá está a esgotar-se…

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