terça-feira, 16 de agosto de 2011

DINHEIRO FOGE



É SABIDO QUE O DINHEIRO NÃO TEM PÁTRIA, pelo que é muito difícil controlar os movimentos que os detentores de capitais elevados realizam, tudo com o intuito de fugir a encargos fiscais, de não ser alvo de eventuais desvalorizações com as subidas dos custos de vida e sobretudo para procurar mercados que não se encontrem em situação difícil, pois a segurança é condição essencial para que o dito dinheiro não procure mudar de sítio.
Nesta altura da vida inquietante neste País que, pertencendo a uma Europa que também ela não dá mostras de garantir um futuro próximo de entendimento colectivo, são os chamados “off shores” que atraem os possuidores de fortunas, pois, mesmo não sendo os juros que ali são pagos pelos depósitos inferiores aos que são oferecidos no mercado internacional, é a cautela que aponta o destino que tem sido dado para resguardar os capitais.
No caso português, já foi divulgado que, neste momento, um montante que atinge os vários milhares de milhões de euros, se encontra desviado para ilhas onde se situam os referidos “off shores”, o que quer dizer que, em vez desses montantes se encontrarem investidos em Portugal, sobretudo no sector produtivo, o que não pode deixar de ser considerado como um acto de verdadeiro egoísmo, se bem que, da parte do sector governamental, não se tenha verificado qualquer atitude que desmotive essas saídas de dinheiro, nem que seja através de uma oferta de um juro na Caixa Geral de Depósitos que alicie os capitalistas a não fazerem sair do País as verbas que cá fazem bastante falta.
Uma medida deste tipo ou outra que produza os efeitos desejados é atitude que se espera de um Governo que esteja atento ao que se passa no seu e nosso País.

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