sábado, 20 de agosto de 2011

ABAIXO O FACEBOOK





ANDEI A ADEAR REFERIR-ME A ESTE TEMA, mas não consigo arrastar por mais tempo esta crítica. Trata-se do facto de Cavaco Silva se dirigir ao povo português por intermédio do facebook, o que é, realmente, uma maneira pouco alargada de comunicar com todos os naturais deste Pais, dado que a grande maioria de habitantes não possui computador e não usa a Internet como modo de saber das notícias. Se bem que, na maioria dos casos, também é verdade que os temas que são referidos pelo Presidente da República não são aqueles que se podem considerar de primeira importância, mesmo assim não é aceitável que o locatário de Belém não se expresse clara e abertamente através dos meios de que se dispõe, com a televisão em primeiro lugar.
Já o Presidente da Madeira, Alberto Jardim, não esconde os seus maus modos e aparece a dizer o que lhe vai na alma, muito embora, também seja necessário afirmar que, quase sempre, o responsável número um pelo Arquipélago, com excepção quando surgiu muito delicado a agradecer o auxílio que foi prestado pelo Continente na altura em que se produziu o desastre que a Natureza provocou e em que se verificou um gesto de solidariedade dos portugueses, faz-se ver nos écrans televisivos com os modos e as palavras rudes reflectindo o seu desespero contra o Governo da Nação, acusando-o de não lhe dar as condições ideais para ele poder fazer ainda melhor figura junto dos madeirenses, com obras e mais obras que o resto do País tem pago ao longo dos anos. E, nessas alturas, deita pela boca fora todos os impropérios que entende serem os mais apropriados.
A comparação é de que nem tanto ao mar nem tanto à terra, mas que seria importante que Cavaco Silva saísse da sua timidez pública e, mesmo que a Constituição não lhe dê poderes para actuar em certas áreas que estão a pedir a mão de alguém com coragem, assim mesmo e até porque a sua reeleição, quando dor a altura, não está em perigo porque este mandato é o último em que tem lugar, apesar de tudo as circunstâncias que se apresentam ao povo português e o futuro ainda se mostrar mais difícil são condições para que o responsável máximo da Nação não dê mostras de que está vivo e só mande recados pelo tal facebook.
A desagradável manifestação que ocorreu em Londres já duas semanas e noutras cidades britânicas deve fazer-nos pensar seriamente na eventualidade de ocorrer uma imitação nacional do sucedido. E como a nossa Justiça não tem a ligeireza da inglesa que, em duas semanas apenas, já prendeu cerca de 200 participantes e os está a castigar – se fosse cá teríamos anos de espera e a resolução acabaria por se perder -, logo é caso para não ficarmos sossegados, pois que as dificuldades que a vida apresenta são propícias a que se formem grupos de gente que anda desejosa de partir montras, incendiar automóveis e fazer as maiores sevícias que a ocasião proporcionar.
Ora, seria de esperar que Cavaco Silva, que se encontra em gozo de férias – ele como a maioria do Governo – talvez seja um desejo de todos os portugueses conhecer a opinião do Chefe e não por facebook.
Numa altura em que Portugal, ao contrário do que se afirma ser a sua compostura, assiste a assaltos seguidos aos bancos, como tem sucedido por estes dias, só se aguarda que as forças vivas da Nação dêem um ar da sua graça e acalmem os espíritos da população, não só com intervenções firmes contra tal tipo de roubo como no que respeita a medidas que estejam a ser tomadas para contrariar a direcção que está a tomar a actividade dos ladrões.
Bem basta o que está a ocorrer no Algarve, com prejuízo em relação ao sector do turismo que está a sofrer as consequências, até pelas notícias que correm nos jornais estrangeiros, como é o caso de Inglaterra que não esconde os acontecimentos.
Abaixo, pois, o facebook e viva o encarar das situações, com cara aberta para os portugueses!

Sem comentários: