terça-feira, 5 de julho de 2011

PATRIOTISMO A SÉRIO



UM IRMÃO DE MARCELLO REBELO DE SOUSA, de que não fixei o nome próprio, deu uma entrevista hoje num canal da televisão e em que deixou bem claras as exigências que devem ser feitas aos representantes diplomáticos portugueses que são escolhidos para ocupar os respectivos lugares no estrangeiro. Não pude ficar mais de acordo com a exposição feita, pois que, dentro das exigências que se apresentam a Portugal nesta altura de necessidade de expandirmos o mais possível os nossos produtos (e se não os temos é forçoso convencer indústrias fortes estrangeiras a instalarem-se no nosso País), o essencial é que em vez de técnicos dos procedimentos diplomáticos procuremos colocar profissionais de vendas, de relações públicas, de profissionais com conhecimentos de marketing e que não se limitem a fazer boas figuras como representantes diplomáticos muito bem apresentados, mas antes se entreguem de corpo e alma no trabalho bem patriótico de interessar os empresários estrangeiros em investir no nosso Pa+is e o contrário, que é o de procurarem clientes que se interessem por importar o que ainda cá fazemos. E, no meio disto tudo, proporcionar que investidores que estejam dispostos em encontrar novos lugares para instalar as suas indústrias, as maiores facilidades que o nosso País pode proporcionar, com rapidez e sem burocracias desanimadoras, por forma a não desanimar os eventuais interessados, como tem sucedido às centenas, e que constitui um verdadeiro crime que merece castigo severo contra os que têm esse prazer mórbido nacional – e que se verifica a cada passo – de demorar com pedidos de papelada e mais papelada que não adianta nada para efeitos de se concretizarem as operações. Nós, por cã, bem conhecemos esses “empatas” que circulam por tudo que são organismos públicos, incluindo os municípios, onde o prazer de impedir é muito maior do que aquele de abrir portas a quem mostra desejos de fazer obra.
Pois, de mãos dadas com o tal AICEP – de que não me canso de falar -, os embaixadores têm obrigação de se dedicar a este trabalho, apresentando resultados que o público deve ir acompanhando – para não se manterem no segredo dos deuses as boas e as más acções que resultam da acção dos nossos representantes e que são pagos pelo erário público.
Julgo que neste momento em que se verifica uma abertura do Governo para mudar o que está mal e actuar, com rapidez e bom senso, no sentido de aligeirar todas a lenta máquina do Estado, através da criação de grupos de estudo das diferentes matérias lodosas que costumam retirar diligência às acções que são mais do que necessárias para que saiamos deste lesmento hábito português que vem desde tempos muito recuados e que a Revolução não foi capaz de eliminar, pois é esta a altura em que se tem de verificar uma autêntica revolta sem armas, em que, apertados como estamos com as finanças a não chegarem para as nossas necessidades, o que se impõe é sermos rápidos, competentes, colaborantes com os interesses nacionais, produtivos cada um de nós nas nossas actividades e tomando consciência de que todo o tempo que perdemos com distracções representa um prejuízo para Portugal.
Bem gostaria de ver este blogue multiplicado por toda a série de recomendações que existem nesse mar imenso de comentários (e não seria necessário indicar o autor), para que, de uma forma geral e não apenas nas embaixadas, se alargasse esta nossa obrigação de contribuirmos para que o nosso País não se afunde…

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