terça-feira, 5 de julho de 2011

AINDA CAVACO SILVA



A IMAGINAÇÃO É UMA FORMA de os seres humanos irem utilizando os seus desejos com acções e acontecimentos que, na maior parte das vezes, não sucedem. Eu, por mim, já não é agora mas sempre me ocupou bastante o pensamento, dou comigo frequentemente a “ver” ou, no mínimo, a admitir casos que bem poderiam ter sucedido, ainda que verifique posteriormente que se tratou apenas de uma hipótese desejada que acabou por não se concretizar.
E, neste meu blogue regular, deparo por vezes com situações que surgem e que poderão ser consequência de indicações que aqui deixo assiduidade, pelo que fico surpreendido por versificar que, talvez por não ser assim tão raro ter razão antes de tempo – que é o maior frustração causa a quem não a cumula muitos erros -, acabam por acontecer as minhas propostas, embora a minha modéstia não me deixe emadeirar em arco de que sou percursos nas previsões que aponto.
Ontem, referi-me à falta que se verifica, por parte do Presidente da República, de fazer declarações aos portugueses sobre casos que merecem merecer comentados do primeiro Magistrado da Nação, ainda que, devido aos termos da nossa Constituição, não esteja nas mãos de Cavaco Silva interferir directamente nas acções governamentais. Mas que, face à situação tão melindrosa que se vive em Portugal e aos exemplos que chegam de fora, como o caso das Grécia, se impõe que acabe o silêncio cauteloso que o morador em Belém, sobretudo sendo este o último período em que pode exercer o seu lugar presidencial, pois que, devidamente acompanhado por conselheiros sabedores, poderá ser útil se comentar as acções que os que têm nas mãos as decisões governamentais, e se der mostras, alguma vez, de que não se contra de acordo, na totalidade ou em parte, com a disposições que forem tomadas.
Se assim tivesse actuado ao longo do Ministério de Sócrates, teria, por ventura, dado mostras do seu desacordo com os gastos exorbitantes que foram feitos e que nos conduziram à situação em que nos encontramos.
Pois foi depois de eu ter expressado a minha opinião anteontem que Cavaco Silva saltou com uma declaração pública no que respeita ao estado perigoso da vida nacional. E fez bem em ter prevenido os portugueses de que o futuro imediato e talvez o mais longínquo não se vai apresentar fácil. Seria bom que recomendasse mais, no que respeita a férias, por exemplo, a gastos excessivos, a empréstimos pedidos sem haver a certeza de que se podem pagar, no capítulo da produção, para que cada um de nós se entregue com vontade e estímulo à actividade que cada um desempenha, para não ser o trabalho muito mas o trabalhar bem que se impõe.
Pode ser que esta minha imaginação deixe de o ser um dia. E o mais breve possível, pois não nos resta muito tempo. E, no capítulo da criação de empregos, aí também deveria ser posta à prova toda a espécie de imaginação para que se criem mais empresas, pequenas e médias e que as grandes sejam atraídas de fora, pondo o ICEP a funcionar a todo o gás e, se não cumprir este instituto a sua obrigação, então que sejam corridos os funcionários, directores e representantes no estrangeiro que só existem para cobrar pesados salários ao Estado.
Não se podem nesta altura ter contemplações com os que não se entregam em pleno às obrigações que lhes cabe e, ao mesmo tempo que há que terminar JÁ ONTEM com os institutos e todas as empresas públicas que só existem para sorver o dinheiro do Estado, tudo o mais que não tem utilidade produtiva deve ser enterrado bem fundo.
Cavaco Silva, fale nisto. Apareça a apontar os erros. Seja útil ao País!...

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