quarta-feira, 15 de junho de 2011

ESCOLHER BEM



ESTIVE PARA NÃO INTERROMPER este interregno que estabeleci em relação ao meu blogue que já tem uma duração que mostra alguma persistência. Enquanto se arrastou o período da propaganda eleitoral não quis, propositadamente, meter a foice num saco de gatos que o que fizeram foi apenas uma discussão de uns contra os outros, pondo em plano secundário aquilo que interessava mais ao País e que era apontar soluções para poderem ser escolhidas pelos, ainda que com dificuldade de entendimento, os portugueses mostrassem preferência. E como, no campo dos “politólogos” já bastam os que andam por aí a debitar nas televisões e nos jornais as suas previsões, algumas verdadeiramente inacreditáveis, foi por isso que resolvi ser mais sensato sair provisoriamente de cena e só surgir quando houvesse já um caminho mais ou menos definido.
É agora que começa a justificar-se que se vá analisando o que os tidos como responsáveis da condução da via política, económica e social de Portugal, depois dos encontros que tiveram lugar e de que, neste momento, ainda não se sabe como é que ficou definida a divisão das pastas, prevendo-se que terá sido fácil convencerem-se uns e outros, PSD e CDS, de que os lugares mais apetitosos teriam de caber aos opositores e em que, no caso do Partido Portas, mesmo sendo o mais fraco entre os dois, por servir de charneira e de contrapeso terá feito algumas exigências que o homem do largo do Caldas não deixaria passar sem luta. Mas isto agora já é apenas imaginação, se bem que, a pouco e pouco, neste Paios em que tudo se acaba por saber, virão a lume em breve casos que satisfarão a curiosidade dos mais bisbilhoteiros.
Estamos a dois dias de saber bastante mais sobre o Governo que será nomeado, quais os elementos que figurarão no elenco e qual o comportamento do Partido Socialista que, também ele tem o problema da nomeação do Secretário-Geral para resolver. E se bem que qualquer dos dois mais indigitados não se tratem de figuras com características sequer parecidas com o do homem a que sucedem, é de supor que, até pelos compromissos assumidos com os negociantes estrangeiros, não se levantarão questões muito complicadas.
E será isso que constituirá a primeira boa impressão que temos de deixar junto dos observadores lá de fora, pois ´«e bem sabido que as ajudas que estão programadas para os tempos mais próximos não chegarão para sustentar as dificuldades financeiras em que estamos envolvidos.
Apareço, pois, agora para dizer apenas isto. Que, no meio de todo o pessimismo que não me abandona em relação ao que vem por aí e que muito castigará os portugueses, pelo menos estamos a tempo de deixar uma boa imagem junto dos mercados externos de que o bom senso se instalou e que, ainda que enfrentando as faltas de verba que estão instaladas por todo o lado, no Estado e na vida privada, somos capazes de dar as mãos e, por fim, portarmo-nos como cidadãos merecedores das ajudas que ainda puderem ser-nos proporcionadas.
E por aqui me fico a aguardar, ansiosamente, os nomes dos indigitados para ocuparem os lugares de responsabilidade em todos os sectores oficiais e, após isso, constatar se as escolhas foram feitas com cabeça e sem interesses pessoais e de grupos.
Aguardemos sentados.

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