quarta-feira, 20 de abril de 2011

MEDO DA MORTE

Ter tanto medo da morte
porque se deixa esta vida
é não ter espírito forte
não aguentar a corrida

Ao longo de toda a vida
arrastando tal sofrer
nem se dá conta na ida
que o mal foi muito viver

Demasiado, pois foi
para além do necessário
e isso mesmo é que dói
transformar-se num fadário

Quando só se dá trabalho
aos outros que por cá ficam
o que resta é enxovalho
e em vida se crucificam

Mas os que sofrem agora
foram úteis noutra altura
não se podem deitar fora
seria a maior loucura

Terão uns tantos razão
que não desejam sofrer
e se podem ter opção
temem pois demais viver

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