quarta-feira, 20 de abril de 2011

MÉDICOS POR ONDE ANDAM?



ESTA SITUÇÃO que, não sendo novidade, volta agora a ser referida pela falta que está a verificar-se de médicos no hospitais e em muitas unidades de saúde, aliás assunto que mereceu neste meu blogue referência sem que, como é o que acontece sempre, qualquer reacção por parte das entidades que têm a responsabilidade de solucionar este problema, a falta muito preocupante de médicos de novo vai ser atendida com a contratação de técnicos de outros países, sobretudo da América do Sul, um problema destes, se acontecesse noutro País qualquer, teria sido resolvido de fundo por quem tivesse cabeça para o fazer.
Por cá isso não ocorre, como seguimento de tantas situações que se arrastam um roo de anos para quem apareça alguém que, finalmente lá encara a situação e lhe dá seguimento positivo. E, nesta altura, já existem cerca de 500 mil utentes que não têm médico de família. É obra!...
Então, isto de criar dificuldades aos estudantes portugueses de serem admitidos na Faculdade de Medicina, exigindo-se-lhes médias altíssimas, o que leva a que os interessados escolham outros países para ir cumprir os seus estudos na referida área, tal teimosia por parte dos que deveriam há já muito tempo reconhecerem que têm actuado mal, o resultado que tem dado e que se alastra ao longo de anos passados não há ninguém, no Ministério da Educação que enfrente o problema e lhe dê solução. É uma das muitas tristezas que ocorrem por cá e que nos têm conduzido ao ponto onde estamos!...
Também é verdade que, um número assustador de médicos que, estando ao serviço de instituições públicas, se reformam, pois, segundo dizem, as condições de que usufruem não compensam o tempo ocupado e, por isso, desligando-se das obrigações que lhes garantem a reforma, passam a actuar apenas no sector privado, quase sempre por conta própria.. E é este o panorama com que todos nós, os contribuintes e doentes temos de viver!
É no sector médico, é na Justiça, é nos serviços públicos de uma forma geral, é em tudo onde temos de recorrer que deparamos com as deficiências que este nosso querido Portugal nos apresenta. Uma autêntica tristeza.
Cada vez me consola mais não ter idade para por cá andar muito mais tempo, porque esperanças em assistir a uma modificação total da mentalidade deste povo, do qual saem os políticos e as cabeças que, de alguma maneira, terão influência na vida nacional, razão também porque não adopto o novo sistema de escrita portuguesa porque, se é com esses pormenores que alguns se preocupam, como se tal solucionasse alguma coisa da milhares que estão mal, então que se entretenham eles com isso que eu, sofrendo muito mais, estou atento ao que, na verdade, atrasa cada vez mais aquilo que deveria constituir o mínimo de progresso.
Lamento este lamento, mas já não tenho outra coisa que possa ter o mínimo de utilidade do que escrever, em prosa ou em verso e o deixar, de vez enquanto, algumas cores nas minhas telas.
É pouco, é verdade, mas ao menos não dá prejuízo ao País em que ainda vivo.

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