quarta-feira, 30 de março de 2011

SEM SOLUÇÃO


INTERROMPI – E NEM SEI SE DEFINITIVAMENTE – estes meus desabafos diários que procuro largar para o exterior, sobretudo para me livrar da angústia que me envolve há já bastante tempo no que diz respeito à situação que atravessa o nosso País, mas não só isso, pois que o que ocorre por esse mundo fora, por culpa humana ou por inquietude da própria Natureza, também contribui para nem apetecer seguir os acontecimentos, não ouvir os telejornais, não ler a Imprensa e apenas voltar a reler todos os bons livros que, desde que me conheço, têm sido o consolo de estar vivo… entre outros. Pode ser considerado como uma desistência de lutar, mas, metendo a mão na minha consciência, considero que me cabe já uma enorme parte de intervenção – e que bem caro me custou noutros tempos – a que não me furtei e, nesta altura, que sejam os mais novos a dar mostras de que não se conformam com os erros que os homens praticam, todos, os nacionais e os estrangeiros. A Europa está como se sabe. A ilusão que sempre mantive d que o nosso Continente tinha encontrado uma maneira de se conviver em harmonia e de entreajuda que só fortaleceria todos, sobretudo a partir do momento em que deixou de existir a Europa de Leste a Ocidental, essa esperança está a desvanecer-se em cada dia que passa. E, no que diz respeito a Portugal, o que não conseguimos esconder é que somos incapazes, nós portugueses, quer a gente mais bem situada no panorama nacional quer o próprio povo em geral, esse comandado por grupos que só procuram beneficiar os que se colocam à frente para inchar os seus umbigos e, obviamente, os seus bolsos – e não excluo destes agrupamentos as próprias organizações sindicais -, face a tal panorama geral não consigo descortinar forças que sustentem aquilo que posso fazer. Embora sem resultados palpáveis. Já não me entusiasma o fazer o historial do que têm sido os últimos anos da governação portuguesa. Está mais do que conhecida a incompetência não de um mas de vários homens que chamaram a sai o comando das operações do Estado, ainda que o mais recente tenha excedido o que sereia admissível aceitar. E se o que importa a este pobre País é encontrar soluções para o futuro, há vista desarmada não vislumbro quem, só ou em grupo, seja capaz de dar a tal volta que é urgente e absolutamente imprescindível. Estamos, tudo indica, condenados a ficar colocados onde geograficamente já nos cabe: o de estarmos na ponta da Europa. Quem vier, os pobres descendentes, que fechem a porta ou arranjem ainda forma de acender a luz. É uma barbaridade que a nossa geração pratica. Mas alguém é capaz de encontrar outra esperança? Nesta altura, nem os meus poemas consigo apresentar de forma correcta, posto que a organização dos blogues não dá solução ao assunto a que me refiro atrás. Só desejo que me tenha equivocado nos panoramas a que me tenho referido em vários textos saídos neste espaço, sendo um deles que as reformas não acabem. É só que nos falta!...

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