quinta-feira, 10 de março de 2011

QUANDO TUDO ANDA MAL qualquer hipótese de se poder contemplar alguma mudança, por mais pequena que ela seja, que injecte um mínimo de esperança neste povo tão sacrificado e já completamente descrente de que se consiga colocar Portugal num plano diferente daquele em que se encontra, ao aguardar-se pelo discurso na tomada de posse do segundo mandato de Cavaco Silva no lugar de PR e, através das suas palavras, por alguma coisa que o distanciasse do que foi a sua actuação ao longo dos cinco anos anteriores, a Nação, não digo em peso porque a grande maioria dos portugueses já não consegue depositar confiança no que dizem os homens que se sentam nos lugares do poder, mas alguma parte ainda parou para verificar se esta manifestação que teve lugar no Parlamento seria o preâmbulo de uma nova época de um País que já bateu há muito no fundo. Palavras foram as que se ouviram e, se bem que, da sua parte, alguma coisa tivesse dado mostras de que Cavaco Silva regressa com vontade de não deixar andar, como fez antes, e, ainda que interferindo no que está escrito na Constituição, não se portará passivamente e, desta vez, pelo menos falará claro, posto que não há nenhuma lei que o proíba da falar ao Povo e de esclarecer o que anda sempre na obscuridade dos segredos que os governantes desejam guardar. Não digo mais nada. De discursos estamos todos fartos, De intenções, isso é o que mais sobra por cá. De recomendações, disso então nem precisamos de nos encherem os ouvidos. O essencial é que se faça, que se ponham os naturais deste nosso País a tomar consciência de que é imperativo trabalhar-se e não continuarmos a deixar passar o tempo e que, cada um na sua actividade, nos empenhemos o máximo por produzir e que, dentro das nossas portas, façamos o que conseguimos quando somos emigrantes (se bem que, aí, o pavor pelo despedimento ponha os que lá se encontram a não brincar em serviço…), se as palavras do Presidente da República, agora que já não corre o risco de não voltar a ser eleito, forem dirigidas nesses sentido e se, com essa actuação, incutir nos portugueses a tomada de consciência de que não somos, na esmagadora maioria dos cidadãos, cumpridores dos deveres que nos cabem, então sim, alguma utilidade poderão ter as suas palavras. Mas têm de ser repetidas e de deixar que governantes, como é o caso de Sócrates, andem por aí a fazer inaugurações estúpidas e a fazer afirmações de que o nosso Paios se encontra à frente de tudo!!! De discursos estamos fartos. Mas falar claro e dizer as verdades isso é que é essencial. E por aqui me fico.

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