sábado, 19 de março de 2011

ESTAFADOS


O TRISTE ESPECTÁCULO QUE FOI oferecido aos portugueses, nesta última sexta-feira, em que o primeiro-ministro, já sem mostrar preocupação em tentar transmitir a ideia de que está seguro na sua verdade, pois que já não conseguiu esconder frases entre dentes que não foram próprias de quem ocupa um lugar como o de chefe de um Governo, essa amostra da qualidade que temos como cidadãos não deixou quaisquer dúvidas de que, com uma crise ou sem ela, não é possível admitir por mais tempo suportar uma figura como aquela que já entrou no descalabro de atitudes e que, a continuar no lugar, ainda provocará mais estragos neste nosso País tão afundado como Sócrates o deixa.
Quer o Governo caia do poleiro ou não – posto que, para além da possibilidade de ser apresentada uma moção de censura ou a votação do PEC seja negativa é de admitir ainda que o próprio Governo apresente o seu propósito de abandonar as funções -, tudo ainda é de levar em consideração. Mas uma coisa é mais do que certa: continuarem as coisas como estão é que não haverá muitos portugueses que consigam aguentar.
E, para não repetir muito o que foi ontem largamente divulgado em toda a comunicação social, fixo-me apenas num ponto que constituiu uma notícia que ocupava um cantinho de um diário: rezava a notícia que o antigo ministro Jorge Coelho, ao sair do lugar que ocupou nas Obras Públicas, foi ocupar o lugar de vice-presidente da empresa Mota-Engil e que, entre salários e prémios, a sua remuneração anual é de 700 mil euros.
Não considero valer a pena aumentar este espaço com mais considerações e perder tempo com apreciações sobre essa figura política que só desejo saber o que é que lhe vai suceder no dia em que for despedido do cargo que tão mal para Portugal tem desempenhado.
Como nós todos ficamos, isso não é preciso que me digam. Agora ele!...

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