sábado, 26 de fevereiro de 2011

SAFEM-SE QUANTO ANTES!


DEPOIS DE TER SAÍDO ONTEM o meu blogue é que tomei contacto com as notícias que saíram em vários jornais de que José Rodrigues dos Santos e Judite de Sousa tinham apresentado a sua demissão dos cargos que ocupam na RTP, pelo que os seus salários milionários, seguramente aumentados (mas com isso não têm os portugueses nada a ver, porque se trata agora de uma empresa privada), deixam de constituir um peso no erário público, como sucede, aliás, com milhares de situações congéneres que ocorrem por todo o País, em que as desregradas retribuições que o sector governamental permite, essas, se bem que não totalmente conhecidas, continuam apesar incompreensivelmente nos bolsos de todos os cidadãos nacionais, esses que suportam os pesados encargos que a indiscutível banca rota do País está a ter de suportar. Menos mal que esta situação ficou resolvida, ainda que o mérito não tivesse ficado a pertencer ao sector governativo, mas sim porque dois elementos se transferem para fora da estação televisiva que apresenta anualmente milhões de euros de prejuízo.
E a prova de que as coisas caminham cada vez mais para uma derrapagem financeira sucessivamente mais funda, é que, finalmente – e digo assim porque a minha opinião de associar a TAP a uma companhia estrangeira que se encontre com folga financeira é já antiga e, no caso, até indiquei preferencialmente a congénere espanhola, para ao caso de unir mercados turísticos, na circunstância o da Península Ibérica, posto que poderia tal medida canalizar visitantes para uma zona comum dos dois países -, o Governo encara a hipótese de atacar os prejuízos da companhia aérea portuguesa, só que, como não podia deixar de ser, o tal Sócrates, sempre longe das realidades e das soluções que interessam mais a Portugal, deu sinais de urgência em fechar as negociações com a brasileira TAM e a chilena LAN, sabendo-se que também a Lufthansa mostrou interesse em estudar a possibilidade de estudar a participação. Só que, tal como eu tenho insistentemente batalhado nessa tecla, o caso do turismo, de tão excepcional peso nos números do PIB nacional, tendo em conta, como também referi no blogue de ontem (como em vários anteriores), que a actuação do AICEP deveria fazer parte de todo o projecto, posto que diminuiria também enormes gastos que se mantêm nos mercados estrangeiros, onde existem escritórios em duplicado e até em triplicado, do departamento do turismo, da TAP e, por seu lado, do AICEP, todos com o mesmo propósito…
Eu, por mim, não tenho esperanças nenhumas de que os tradicionais chefes que andam por aí a dar ordens e a inaugurar tudo e nada, sempre acompanhados por aglomerados de centenas de beija-mãos que fazem questão em aparecer junto do “protector”, sejam capazes de se informar das opiniões de quem quer que seja e que, quem sabe, poderiam constituir algo de interesse. Mas, enquanto por cá andar e tiver forças nos dedos vou escrevendo, como sempre fiz, mesmo quando, como agora, ninguém ligasse nenhuma.

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