domingo, 27 de fevereiro de 2011

PACIÊNCIA FOI-SE...


ATINGI, NESTE FIM-DE-SEMANA, o ponto máximo a que um ser humano, como eu sou, pode chegar, no capítulo de suportar uma governação portuguesa que nos conduziu e continua a levar ao fundo de um abismo que se nos apresenta há bastante tempo e que, todos nós, cidadãos, somente podemos contemplar de mãos na cabeça, sem dispormos dos meios que nos ajudem a solucionar a tragédia que nos rodeia por todos os lados.
Tenho, como é sabido, deixado aqui expresso neste blogue o meu profundo desagrado em relação a esse homem que persiste em manter-se à frente de um Executivo que, independentemente da crise que serve como desculpa para tudo, tem sido ele que não deu, não dá nem conseguirá dar mostras de ser capaz de dar a volta à situação e de escapar do descalabro a que temos sido conduzidos em Portugal.
José Sócrates, por muito perigoso que seja criar nesta altura uma crise política, não pode permanecer nem mais um dia no lugar em S. Bento e já que o Partido Socialista, no seu seio, não encontra um substituto para o seu secretário geral, só através de uma atitude firme do PSD é que se conseguirá a alternativa mais normal nas circunstâncias actuais. E, como já aqui referi em texto anterior, Passos Coelho, demasiado cauteloso para o meu gosto, já deveria ter dado nota publicamente da existência de um grupo (mesmo sem indicar nomes) formado para constituir o Executivo que entrasse após eleições que, segundo tudo indica, lhe dariam o primeiro lugar na escolha democrática que tivesse lugar.
E, na eventualidade de não obter o PSD maioria absoluta, o facto de não ter referido personalidades que estariam contactadas para fazer parte do grupo governamental permitiria a negociação com o CDS, em que Portas anda ansioso para voltar a sentar-se num cadeirão do poder ministerial, entregando-lhe duas ou três posições, tais como a Agricultura, o Comércio e algumas secretarias de Estado que não provocassem distúrbios de exibicionismo excessivo por parte de um Paulinho que não é capaz de se conter quando as circunstâncias recomendam certo recato.
Isto, porque há que actuar rapidamente de molde a retirar ao grande culpado do estado a que chegou o nosso País, por falta de antecipação a tempo de medidas que evitariam bancarrota em que nos encontramos e por andar permanentemente convencido que tem sempre razão e, por isso, não conseguir ouvir opiniões alheias, pois que não há ninguém, excepto os inveterados ditadores políticos, que sejam donos de toda a verdade.
Os Hitlers, os Mossulinis, os Mao.Tse.Tungs e actualmente os Kadhafis têm o fim que se conhece. Ninguém deseja que, por cá, os Sócrates, por muito democrata que se afirmem, se vejam obrigados a fugir para um lugar para si seguro, não sei se a Venezuela do “amigo” Hugo Chevez, já que a senhora Merkel, essa não estaria disposta seguramente a acolher quem fez gastar à Alemanha demasiado dinheiro em pura perda.
Quando, mesmo sem a intervenção do FMI, quem trabalha e se vê obrigado a passar recibos verdes, do montante que lhe cabe cobrar, uma grande percentagem vai para às mãos do Estado, esse que gasta desmedidamente em desperdícios e não há forma de meter mãos a fundo nas despesas, os cada vez mais desempregados que circulam por este País e não vêem uma única medida que lhes transmita esperança de solucionar o problema, quem, como todos nós, tomamos conhecimento de que há que devolver a Bruxelas, vários milhões de euros, porque as ajudas em subsídios que recebemos da União Europeia destinadas à nossa área agrícola e em que as nossas obrigações não foram cumpridas por falta de controlo estatal (o que também sucedeu em relação à Grécia…pudera!), tais apoios não fizeram com que a produção nacional na agricultura conseguisse atingir o ponto que evitasse as importações a que nos sujeitamos e a zero de exportações, nem sequer de frutos que poderiam gozar de um mercado externo apreciável, quando – e isso ainda que escapando ao socratismo – um espécie de Nação como a nossa, entende despender milhões em submarinos e, mais recentemente, em carros de assalto, continuando-se sem saber quem ganhou e seguramente muito, com tais operações, quando o que nos faz falta é uma frota de barcos ultra-rápidos que controlem a vasta cota marítima de que dispomos e que, afinal, nem sequer aproveitamos como era devido, devendo ser possuidores de uma frota pesqueira suficiente para suprir os mercados exteriores, quando mantemos, nesta época em que nada o justifica, um encargo militar que bem deveria ser reduzido, até para não proporcionar aos que de fora nos ridicularizam, dizendo que somos “um País de generais sentados”, quando não conseguimos acabar rapidamente com as centenas de empresas públicas que só servem para dar emprego, sempre bem pago, aos amigos dos que mandam, gastando fortunas que saem do miserável erário público, logo dos bolsos dos portugueses, quando não existe a coragem de declarar frontalmente de que não existem fundos para suportar as onerosas obras que se mantêm como emblema deste grupo do ainda primeiro-ministro, como o mítico TGV e coisas parecidas, quando tudo isso e o muito que tem vindo a ser denunciado neste meu blogue diário é o que se pode considerar o produto da governação de José Sócrates, o que se torna urgente é que, na falta de uma atitude mais comedida mas com idêntico resultado, os habitantes deste País não deixam dúvidas de que não é possível suportar por mais tempo este “cancro” que nos atacou e está a acabar com o resto que ainda poderá ter cura.
Os discursos, monótonos e vazios de conteúdo quanto ao realismo, em que aponta caminhos mas não dá um passo no sentido de concretizar as teorias de que tanto fala, essa atitude de que os portugueses estão totalmente enfastiados, o que mais uma vez demonstrou no que disse no encontro do Partido Socialista e em que se propôs como candidato à renovação do lugar que ocupa (e que certamente obterá, pois que as cúpulas do PS encontram-se completamente vagas de visão realista, e em que não vai ser por aí que um grupo que prestou grandes serviços democráticos a Portugal se encontra, nesta altura, sem ser capaz de resolver, no seu seio, o que, a fazê-lo, poderia, em eleições que se aproximem, fazer subir na opinião pública o conceito que já teve noutras ocasiões. Por isso se impõe que seja por outra via que o complot de Sócrates saia porta fora.
Aquilo de que se fala e que os mails que correm convidam para que, no próximo mês de Março, os portugueses se juntem numa manifestação para clamar contra a presença desse homem que já não se suporta nem por mais um dia, essa movimentação mostrará se, na realidade, os portugueses estão até aos cabelos. Não sei se esta movimentação, quando se der, chega para o fulano ser ele próprio a dar o passo que se impõe, isso se não quiser que, mesmo com a distância que o nosso Povo impõe nas atitudes revolucionárias que se sabe que, que se repita entre nós o que tem acontecido nos países do Norte de África

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