domingo, 13 de fevereiro de 2011

POR CÁ E POR LÁ


ESTE PERÍODO DEMAIS DE UMA SEMANA em que fui obrigado a interromper este meu blogue diário por motivo já indicado de avaria no computador, o que ocorreu neste nosso Portugal deu margem para múltiplas crónicas comentando os acontecimentos, o que, nesta altura e dada a velocidade com que as situações de vão alterando, já não se justifica que acumule num só texto tudo o que constituiu motivo para notícias e que, com a passagem dos dias, ficam logo arrecadadas no esquecimento.
Vou, pois, fazer uma passagem ligeira e referir os que talvez mereça maior atenção. E, desde logo, o anúncio com data marcada da moção de censura ao Governo que o Bloco de Esquerda disse que iria apresentar no dia a seguir à tomada oficial e posse do Presidente da República, essa atitude constituiu, sem dúvida, a mais importante das situações ocorridas na área política nacional. E, se bem que a vontade de uma grande parte dos grupos partidários situados no Parlamento, excluindo, está bem de ver, o próprio PS, o facto de ter sido o Bloco de Esquerda a ser o autor da decisão e que nem ao próprio Partido Comunista agradasse demasiado ser incluído no grupo de apoio a tal proposta, é evidente que todos os outros, especialmente o PSD, não estarão dispostos a seguir uma decisão que é oriunda de um grupo político que se encontra nos antípodas das ideologias socialistas no modelo que o PS segue.
Em resumo, pois, e para não me alongar num tema que já está a ser debatido em excesso, como seja a oportunidade da medida anunciada e os efeitos que ela teria se fosse praticada na data indicada pelos autores, por isso fico-me por aqui, com a clara visão de que se tratou de um atitude que os próprios esquerdistas não crêem que terá algum resultado prático. OP PSD, evidentemente, não vai votar essa proposta… está tudo dito!...
Apetecia-me comentar assuntos sérios, como seja a posição tomada pela senhora Merkel em relação às directrizes que ela propõe para que a Europa encontre um caminho mais prático nas funções que lhe cabem para dar alguma ordem a este Continente que, infelizmente, não dá mostras de encontrar uma atitude de solidariedade em todos os sectores que deveriam ser merecedores de um acordo genérico que servisse de uma espécie de constituição para que todos os parceiros do grupo europeu seguissem uma linha de conduta unânime a todos.
E, sobre este ponto, voltarei ao assunto com a tese que eu defendo há muitos anos de ser criada uma aliança de vários tipos na nossa Península Ibérica, por forma a que esta ponta da Europa pudesse ter voz activa e com peso junto do bloco do nosso Continente e, dessa forma, perante o grupo franco-alemão ou outro, mas com uma verticalidade absoluta e apresentando propostas que merecessem o respeito dos restantes parceiros, por forma a que o peso dos nossos dois países tivesse audiência suficiente para dar mostra de que estamos interessados em unir e não em dividir.
Mas fico-me agora por aqui. Amanhã talvez me debruce um pouco sobre o que mereça ser analisado.

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