sexta-feira, 29 de outubro de 2010

GENTE QUE SE PORTA MAL


AS APARÈNCIAS ILUDEM, estas as palavras daquele ministro, de nome Silva Pereira, que entendeu dar a sua opinião no que diz respeito à salganhada final da tentativa de acordo para o Orçamento Público que acabou por afastar os dois participantes, por não conseguirem ambos ultrapassar aquela diferença de menos de 200 milhões de euros que, há que dizê-lo, só podem constituir uma birra quer dos que governam e como dos que se opõem em lugar seguinte. E isso porque, tratando-se como todos afirmam de um documento que não apresenta o mínimo de qualidade, seria absolutamente indiferente que o O.E. saísse da referida reunião de alguns dias tanto com um sim ou com um não. Por isso, o grupo chefiado por Catroga, ainda que declarasse no final, que era com descontentamento que tinha acordado com os dossiers que foram discutidos, teria feito um bom serviço ao País se não pusesse um travão no resultado do encontro. De igual forma, então não seria normal que o primeiro-ministro tivesse dado ordem para que o seu chefe das Finanças acedesse nas preferências do outro interveniente?
Eu, por mim, como perdi toda a confiança no bom senso dos nossos homens relacionados com a política, seja ela qual for, dos extremos ou dos meios, não me iludo já com as atitudes que cada um deles toma. Com esta gente Portugal está condenado. Não tem qualquer remédio. E é indiferente se, agora, depois da ida a Bruxelas do tal Sócrates, em novo encontro PS/PSD já concordarão seja com o que for. Até porque o recado já foi dado ao rapazola que temos na chefia do Executivo e, por muito que ele afirme que não foi “apertado”, é de crer que ali terá enco0ntrado um ambiente que não lhe era favorável.
Mas, o ministro Silva Pereira, que também ele sempre deixa uma ideia da sua baixa qualidade como político, entendeu que lhe ficava bem lançar aquela frase completamente oca de conteúdo, com uma opinião que não vem acrescentar nada à desilusão que paira em todo o País. E isso, também pelo espanto que grassa de Norte a Sul quanto aos passos, piores uns do que os outros, que são dados em Portugal pelo que ninguém tem dúvidas quanto ao panorama que se deparará a seguir, pois não se trata já de pôr em questão o referido Orçamento, mas sim porque, seja ele qual for, o nosso País já não tem salvação possível e o que o espera – e, neste caso, já nem assusta - é a entrada do Fundo Monetário Internacional para gerir a nossa governação, através do domínio das Finanças, dado que, com esta equipa socratiana ou com qualquer outra nacional, não temos possibilidade de nos livrarmos do pior. Ando há meses a avisar disto mesmo e os comentários que me têm sido enviados apelidando-me de “doente pessimista”, agora escasseiam e, infelizmente para todos nós, a razão esteve sempre do meu lado.
Aqui ao lado, na Espanha que, de muitas formas, sempre pode dar-nos algumas ideias quanto a caminhos a percorrer – também é uma das minhas lutas, a de constituirmos uma Ibéria (e não um País mandar no outro, como os aljubarrotistas temem) -, acabou de refazer o seu elenco ministerial, afastando aqueles que tinham servido melhor a sua causa. Aqui, que não temos à porta eleições legislativas, não seria natural que o teimoso José Sócrates fizesse uma revisão no seu grupo de elementos do Executivo, pois que os erros seguidos que muitos deles têm praticado, para além até da má imagem que uns tantos não conseguem deixar de transferir para fora, essa atitude poderia, de certa maneira, diminuir a péssima opinião que os portugueses mantêm sobre a sua actuação como primeiro-ministro. E o resultado da sondagem agora anunciada é bem demonstrativa da posição do PS se existisse neste momento uma ida às urnas.
O certo também é que, tomando como base a mesma sondagem, pode-se extrair uma indicação de que, apesar do actual Governo não contar com grande anuência, a população dá mostras de não estar convicta de que a mudança para o partido seguinte seja algo que entusiasme. É que o estado a que chegou o nosso País não dá confiança a que, seja quem for que pegue neste barco, tenha capacidade para o livrar do dilúvio que até já os optimistas admitem que é a sina que nos espera.
O que sucede, como é de esperar, é que lá voltarão os dois grupos a reunir-se e a chegar a um acordo. São as garotices habituais a que todos assistimos neste “quintal” de gente mal comportada!”
Só que nós, os de idade adulta e mesmo bastante, os que sofremos o antes e aguentamos mal o depois, somos castigados com uma vida que talvez não a mereçamos. Mas já não será por muito tempo. Agora os novos, os já se encontram neste mundo e os que nascerão por esta altura, esses, o que os espera é algo de terrificante. E se não optam por um comportamento diferente daquele que lhes é mostrado, estarão bem arranjados…
Mas são novos! Podem escolher a via por onde transitarão! Ao menos isso…

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