quarta-feira, 17 de março de 2010

QUAL A SOLUÇÃO?


Este blogue de hoje é, anormalmente, de tamanho superior ao costumado. Mas o assunto justifica que me alongue para além do habitual.


ANDO há um certo tempo com vontade de expandir aquilo que eu sinto dentro das minhas reflexões, com as dúvidas de que não me liberto e com a sensação da falta de saber que também me acompanha para todo o lado.
De igual modo, como o “nunca” e o “sempre” são advérbios que eu procuro excluir do meu vocabulário, deparo com certa dificuldade em expor, de forma convincente, a tese – chamemos-lhe assim – que eO FUTURO QUE NOS ESPERA
ANDO há um certo tempo com vontade de expandir aquilo que eu sinto dentro das minhas reflexões, com as dúvidas de que não me liberto e com a sensação da falta de saber que também me acompanha para todo o lado.
De igual modo, como o “nunca” e o “sempre” são advérbios que eu procuro excluir do meu vocabulário, deparo com certa dificuldade em expor, de forma convincente, a tese – chamemos-lhe assim – que eu acarreto no que diz respeito ao que será o futuro deste Mundo em que nos movimentamos todos, no qual, chegada esta altura, deparamos com aquilo que se denomina por crise e que se apresenta como um porvir difícil de imaginar e que poucos acreditarão que seja promissor para a humanidade que luta, nesta altura, com problemas de vária espécie, desde o económico ao social. Para não entrar na área política que, em cada zona, tem as suas características próprias.
Tenho evitado expressar o meu ponto de vista, porque aceito tranquilamente que haverá um grande número de gente que não aceitará de nenhum modo o que eu imagino que poderá acontecer num futuro a que eu já não assistirei e, a dar-se, levará ainda bastante tempo a apanhar a maioria dos cidadãos de hoje ainda em actividade. Logo, se alguém se assustar com o panorama que descrevo, poderá descansar que não prevejo que esteja à espreita na curva da nossa vida. Será muito mais tarde.
Entrando, pois, na matéria em causa, o que me leva a manter como previsão eventual é que, partindo do excesso de população em todo o mundo que se atingiu já neste momento, ou sejam os seis mil e quase quatrocentos milhões de habitantes em toda a Esfera, e sabendo-se que, quando terminou a Grande Guerra Mundial, em 1944, o número de seres vivos se fixava nos três mil e pouco milhões, temos que, em cerca de sessenta e seis anos o aumento faz tocar os habitantes mundiais no dobro do número anterior. Esta é uma realidade que tem de fazer pensar.
Sendo assim, para além dos sistemas financeiros e económicos que se implantaram por toda a parte que, com a ânsia dos homens de verem aumentar rapidamente os seus níveis de vida e atendendo às facilidades conseguidas com empréstimos, sobretudo por parte das instituições que tiram grande proveito dessas operações, a causa maior do desbarato de dinheiros para aquisição de bens que não havia paciência para aguardar melhor oportunidade, que logo se veria como seriam liquidados, essa apetência desmedida foi a causa principal para que, subitamente, se tomasse conta de que havia excessiva e falsa exibição de melhoria de qualidade de vida de milhões de habitantes deste Mundo. E quando chegou o momento de se aperceberem que tinha havido excesso de concessão de créditos, ao ponto de, na hora de encarar as realidades, o que se verificou por toda a parte foi a imposição da liquidação das dívidas através da perca dos bens obtidos com demasiadas facilidades, nessa altura os credores viram-se invadidos por excessos de activos e falta perigosa de compradores por outro lado, desequilibrando-se as balanças do deve e do haver e alterando-se o normal exercício das compras e das vendas, até do próprio dinheiro.
Claro que esta é uma forma simplista de tentar justificar a origem da tal crise, mas, em resumo, o panorama descrito pode dar uma ideia do que esteve, em grande parte, na origem do descalabro a que se chegou e que fez com que os endinheirados – que há sempre e que aparecem sorrateiramente nas horas de maiores aflições – tivessem visto chegar uma oportunidade para adquirirem por preços irrisórios determinados bens móveis e imóveis que, tempos atrás, só poderiam ser obtidos noutras condições.
Mas, o que importará agora é ter uma ideia, por mais ingénua que ela possa parecer, da forma como poderá o mundo sair deste estado de coisas com que se defronta neste preciso momento. E isso tanto faz que seja num ou noutro país, em Portugal ou mesmo nos E.U.A., neste em que ninguém o preveria, há uns anos atrás, que viesse a ter de enfrentar tal situação de, também, tão elevado desemprego.
Ora, é exactamente quanto a este sector, o de uma imensidão de gente por todo o mundo sem local de trabalho, que uma reflexão no respeitante à forma de resolver o problema tem de merecer algum esforço por parte de todos os que, mesmo encontrando-se já na situação de reformados, não podem deixar de se inquietar, pois a decadência dos sistemas de sustentação dos fora do activo é uma previsão que não se encontra apenas na boca dos chamados pessimistas.
Os mais idosos recordam-se que, há meio século atrás, um ser humano que tinha conseguido chegar aos sessenta anos já era considerado um velho. Todos nós nos lembramos disso. Hoje, com setenta e oitenta anos, as populações que lá chegaram movimentam-se com a ligeireza a que não era visível na nossa juventude assistir-se. Por isso, não pode deixar de provocar algum escândalo que trabalhadores com 60 e poucos anos, até antes como se verifica constantemente no nosso País, se apresentem para serem admitidos na categoria de reformados!
Por outro lado, a juventude, agora com instrução escolar mais avançada do que sucedia antes – se bem que, no capítulo dos conhecimentos, não se tenha progredido grande coisa -, essa, quando começa a laborar e, por esse motivo, desconta para os fundos de segurança que têm de suportar os custos das reformas dos idosos, sendo cada vez em menor número dos que usufruem das pensões que lhes cabem, o risco que está à vista é que não andará longe o tempo em que não chegará o que pagam uns para receberem outros.
E, ainda para aumentar a dificuldade da resolução do problema, também a evolução da ciência, fazendo com que cada vez morram mais tarde os seres humanos, essa circunstância provoca o alargamento da estadia no campo dos vivos aqueles que, até ao último momento, têm direito a receber mensalmente a pensão que lhes está destinada.
Será possível que esta situação se mantenha por muitos mais anos? Alguém, na política ou fora dela, é capaz de garantir que tamanho desequilíbrio conseguirá prolongar-se pêra além do não se sabe o quê?
É chegado, então, o momento de eu divulgar aquilo que considero a tese sobre o futuro que espera os habitantes deste mundo. E assim, sem entrar no campo das reflexões excessivamente complicadas, o que parece poder ser encarado com mais simplicidade, são duas hipóteses que, com o tempo, os homens serão capazes de enfrentar. Ei-las:
Uma será uma guerra planetária que, com o uso das destruições atómicas, os inimigos, que os há com fartura por aí, sejam por motivos fanáticos de religiões, sejam por confrontos ideológicos que também se conhecem, resolvam carregar no botão da bomba fatídica e, com as respostas que logo surgiriam, as destruições maciças fizessem o trabalho de massacrar populações inteiras e provocassem o fim de territórios que lhes eram antagónicos. É uma possibilidade de o número de habitantes mundiais se reduzir ao nível do que já existiu nas épocas em que não se verificava o drama do desemprego que hoje se espalha por toda a parte.
E qual seria a outra forma de ultrapassar o mesmo castigo de não se encontrar ocupação laboral para milhões de habitantes do mundo? Pois a possibilidade dos cientistas solucionarem a questão de se poder ir habitar num planeta que se encontre à chamada “mão” dos terrestres. Que digo eu? Talvez Marte?
Se for um local em que as viagens interplanetárias se passem a fazer com relativa facilidade e rapidez, se o avanço tecnológico chegar a atingir tal perfeição, aí o risco seria o de que a juventude fosse a preferida para aproveitar tal experiência, o que, nestas circunstâncias, faria com que os velhos permanecessem por cá e o Mundo, perante isso, passaria a ser um local de reforma, uma estância para idosos.
Depois de divulgar esta reflexão, encontro-me preparado para todos os comentários que resolvem dirigir-me, imaginando eu, desde já, que não serão os mais agradáveis, pois é difícil que o ser humano se encontre preparado para aceitar as dificuldades que, inevitavelmente, se vão apresentar mais cedo ou mais tarde.
u acarreto no que diz respeito ao que será o futuro deste Mundo em que nos movimentamos todos, no qual, chegada esta altura, deparamos com aquilo que se denomina por crise e que se apresenta como um porvir difícil de imaginar e que poucos acreditarão que seja promissor para a humanidade que luta, nesta altura, com problemas de vária espécie, desde o económico ao social. Para não entrar na área política que, em cada zona, tem as suas características próprias.
Tenho evitado expressar o meu ponto de vista, porque aceito tranquilamente que haverá um grande número de gente que não aceitará de nenhum modo o que eu imagino que poderá acontecer num futuro a que eu já não assistirei e, a dar-se, levará ainda bastante tempo a apanhar a maioria dos cidadãos de hoje ainda em actividade. Logo, se alguém se assustar com o panorama que descrevo, poderá descansar que não prevejo que esteja à espreita na curva da nossa vida. Será muito mais tarde.
Entrando, pois, na matéria em causa, o que me leva a manter como previsão eventual é que, partindo do excesso de população em todo o mundo que se atingiu já neste momento, ou sejam os seis mil e quase quatrocentos milhões de habitantes em toda a Esfera, e sabendo-se que, quando terminou a Grande Guerra Mundial, em 1944, o número de seres vivos se fixava nos três mil e pouco milhões, temos que, em cerca de sessenta e seis anos o aumento faz tocar os habitantes mundiais no dobro do número anterior. Esta é uma realidade que tem de fazer pensar.
Sendo assim, para além dos sistemas financeiros e económicos que se implantaram por toda a parte que, com a ânsia dos homens de verem aumentar rapidamente os seus níveis de vida e atendendo às facilidades conseguidas com empréstimos, sobretudo por parte das instituições que tiram grande proveito dessas operações, a causa maior do desbarato de dinheiros para aquisição de bens que não havia paciência para aguardar melhor oportunidade, que logo se veria como seriam liquidados, essa apetência desmedida foi a causa principal para que, subitamente, se tomasse conta de que havia excessiva e falsa exibição de melhoria de qualidade de vida de milhões de habitantes deste Mundo. E quando chegou o momento de se aperceberem que tinha havido excesso de concessão de créditos, ao ponto de, na hora de encarar as realidades, o que se verificou por toda a parte foi a imposição da liquidação das dívidas através da perca dos bens obtidos com demasiadas facilidades, nessa altura os credores viram-se invadidos por excessos de activos e falta perigosa de compradores por outro lado, desequilibrando-se as balanças do deve e do haver e alterando-se o normal exercício das compras e das vendas, até do próprio dinheiro.
Claro que esta é uma forma simplista de tentar justificar a origem da tal crise, mas, em resumo, o panorama descrito pode dar uma ideia do que esteve, em grande parte, na origem do descalabro a que se chegou e que fez com que os endinheirados – que há sempre e que aparecem sorrateiramente nas horas de maiores aflições – tivessem visto chegar uma oportunidade para adquirirem por preços irrisórios determinados bens móveis e imóveis que, tempos atrás, só poderiam ser obtidos noutras condições.
Mas, o que importará agora é ter uma ideia, por mais ingénua que ela possa parecer, da forma como poderá o mundo sair deste estado de coisas com que se defronta neste preciso momento. E isso tanto faz que seja num ou noutro país, em Portugal ou mesmo nos E.U.A., neste em que ninguém o preveria, há uns anos atrás, que viesse a ter de enfrentar tal situação de, também, tão elevado desemprego.
Ora, é exactamente quanto a este sector, o de uma imensidão de gente por todo o mundo sem local de trabalho, que uma reflexão no respeitante à forma de resolver o problema tem de merecer algum esforço por parte de todos os que, mesmo encontrando-se já na situação de reformados, não podem deixar de se inquietar, pois a decadência dos sistemas de sustentação dos fora do activo é uma previsão que não se encontra apenas na boca dos chamados pessimistas.
Os mais idosos recordam-se que, há meio século atrás, um ser humano que tinha conseguido chegar aos sessenta anos já era considerado um velho. Todos nós nos lembramos disso. Hoje, com setenta e oitenta anos, as populações que lá chegaram movimentam-se com a ligeireza a que não era visível na nossa juventude assistir-se. Por isso, não pode deixar de provocar algum escândalo que trabalhadores com 60 e poucos anos, até antes como se verifica constantemente no nosso País, se apresentem para serem admitidos na categoria de reformados!
Por outro lado, a juventude, agora com instrução escolar mais avançada do que sucedia antes – se bem que, no capítulo dos conhecimentos, não se tenha progredido grande coisa -, essa, quando começa a laborar e, por esse motivo, desconta para os fundos de segurança que têm de suportar os custos das reformas dos idosos, sendo cada vez em menor número dos que usufruem das pensões que lhes cabem, o risco que está à vista é que não andará longe o tempo em que não chegará o que pagam uns para receberem outros.
E, ainda para aumentar a dificuldade da resolução do problema, também a evolução da ciência, fazendo com que cada vez morram mais tarde os seres humanos, essa circunstância provoca o alargamento da estadia no campo dos vivos aqueles que, até ao último momento, têm direito a receber mensalmente a pensão que lhes está destinada.
Será possível que esta situação se mantenha por muitos mais anos? Alguém, na política ou fora dela, é capaz de garantir que tamanho desequilíbrio conseguirá prolongar-se pêra além do não se sabe o quê?
É chegado, então, o momento de eu divulgar aquilo que considero a tese sobre o futuro que espera os habitantes deste mundo. E assim, sem entrar no campo das reflexões excessivamente complicadas, o que parece poder ser encarado com mais simplicidade, são duas hipóteses que, com o tempo, os homens serão capazes de enfrentar. Ei-las:
Uma será uma guerra planetária que, com o uso das destruições atómicas, os inimigos, que os há com fartura por aí, sejam por motivos fanáticos de religiões, sejam por confrontos ideológicos que também se conhecem, resolvam carregar no botão da bomba fatídica e, com as respostas que logo surgiriam, as destruições maciças fizessem o trabalho de massacrar populações inteiras e provocassem o fim de territórios que lhes eram antagónicos. É uma possibilidade de o número de habitantes mundiais se reduzir ao nível do que já existiu nas épocas em que não se verificava o drama do desemprego que hoje se espalha por toda a parte.
E qual seria a outra forma de ultrapassar o mesmo castigo de não se encontrar ocupação laboral para milhões de habitantes do mundo? Pois a possibilidade dos cientistas solucionarem a questão de se poder ir habitar num planeta que se encontre à chamada “mão” dos terrestres. Que digo eu? Talvez Marte?
Se for um local em que as viagens interplanetárias se passem a fazer com relativa facilidade e rapidez, se o avanço tecnológico chegar a atingir tal perfeição, aí o risco seria o de que a juventude fosse a preferida para aproveitar tal experiência, o que, nestas circunstâncias, faria com que os velhos permanecessem por cá e o Mundo, perante isso, passaria a ser um local de reforma, uma estância para idosos.
Depois de divulgar esta reflexão, encontro-me preparado para todos os comentários que resolvem dirigir-me, imaginando eu, desde já, que não serão os mais agradáveis, pois é difícil que o ser humano se encontre preparado para aceitar as dificuldades que, inevitavelmente, se vão apresentar mais cedo ou mais tarde.

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