domingo, 24 de janeiro de 2010

QUEM É O RESPONSÁVEL?


CONTINUAMOS a não exigir responsabilidades aos culpados de vários erros graves que, por terem pesados custos de diversas espécies a Portugal, não deveriam sequer passar despercebidos e, muito pelo contrário, impunha-se que, até para evitar outros casos que se podem perfilar para aparecer, marcassem um rigor de punição, pois não nos encontramos em condições de suportar falta de profissionalismo e de eficiência nos diversos sectores públicos que temos.
A notícia que foi agora divulgada de que a Segurança Social tem por receber uma enorme verga de prestações pagas indevidamente e isso situa-se na casa dos cerca de 300 milhões de euros, de acordo com dados publicados pelo Tribunal de Constas sobre a Caixa Geral do Estado de 2008, pois que o Ministério de Trabalho de Segurança Social não apresentou ainda valores para 2009.
A realidade é esta: enquanto existem milhares de desempregados sem acesso ao subsídio, por outro lado a Segurança Social atribuiu esse auxílio de desemprego, rendimento social e baixas por doença que não deveriam ter sido pagas, mas que o foram por fraude ou simplesmente por falta de cruzamento de dados. Numa palavra, por má actuação dos serviços que têm a seu cargo efectuar um trabalho limpo e correcto.
Não me alongo mais por hoje. Tomam-se conhecimento dos desleixos do sector do Estado, do tal que custa ao erário público valores muito elevados que faltam noutras áreas, mas não se fica a saber qual a actuação punitiva que se impõe mas que se faz por esconder e por deixar cair no esquecimento.
É a tal coisa. Uns protegem os outros e a corporação funciona, como sucede também quando se organizam manifestações para fazer subir os ordenados dos funcionários públicos. A que têm direito como todos os portugueses, mas só depois de darem mostras de que se empenham para que o serviço aos cidadãos – que são os seus verdadeiros patrões – seja impecável.

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