domingo, 30 de agosto de 2009

GREVES E ETC.



Era só o que faltava nesta altura, a um mês de eleições e em pleno momento de dificuldades de toda a espécie, económicas, financeiras e sociais, para além do problema por ventura mais grave que é o do desemprego que grassa pelo País inteiro. Pois, com este panorama, os funcionários da TAP entenderam efectuar uma greve e provocaram com isso o que sucede sempre em tais circunstâncias: a paralisação e o atraso do movimento aéreo daquele empresa e a má imagem que se transmite a todos os viajantes que utilizam a nossa transportadora aérea.
Não vou aqui analisar as razões que os sindicatos utilizaram para fomentar tal paragem de actividade. Poderão existir razões que ajudem a compreender o descontentamento dos trabalhadores, quer os dessa companhia quer os da sua associada que tem a responsabilidade de dar caminho às bagagens dos passageiros, as Groundforce. O que os portugueses, de uma forma geral e sem estarem subordinados a uma qualquer força política que se encontre sempre aliada dos movimentos grevistas, devem pensar nestas circunstâncias é que, se pedissem aos desempregados nacionais para serem admitidos em qualquer das duas empresas agora em litígio com os trabalhadores, uma esmagadora maioria nem olharia para trás e correria a pôr-se ao dispor fossem quais fossem as condições apresentadas. Logo, para substituir os grevistas, formar-se-ia certamente uma fila de cerce de 500 mil desocupados, que nem precisavam de saber quanto iam ganhar e que cargo lhes era oferecido.
Não se trata de dar a ideia de aproveitamento de situações precárias de centenas de milhar de portugueses sem trabalho, mas sim de chamar a atenção para o momento mal escolhido para que saltem exigências daqueles que estão empregados e sem perigo de ficarem na rua, pois há alturas para tudo e, na actual vida de Portugal, só dirigentes sindicais bem protegidos pelos lugares que ocupam e em que se mantêm, alguns há muitos anos, só esses é que impulsionam os trabalhadores a arriscarem-se e esse risco pode chegar a fecharem empresas e a tudo ficar pior do que antes.
Devo esclarecer que, sendo a greve um direito que pode e deve ser praticado com razões positivas nos países democráticos, qualquer grupo empresarial está sujeito a aceitar negociações de molde a tentar resolver descontentamentos que surgem do seu quadro de trabalho. Mas, quando uma firma se encontra em perigo de falência, de fechar as suas portas por maus resultados que esteja a obter, por sua culpa ou devido à conjuntura, nesse caso provocar greves representa a forma de dar o golpe final no que ainda possa ser salvo do pior.
Pelo menos, neste caso da TAP, chegou-se a um acordo entre as partes e a greve foi ultrapassada. Durou um dia e já foi muito. Oxalá todos tenham aprendido alguma coisa com o susto que pairou sobre as cabeças de milhares de pessoas que dependem da companhia aérea. E os passageiros que não viram chegar as suas malas nos respectivos destinos dos voos, esses terão que encolher os ombros. São as coisa que acontecem em toda a parte, mas que nesta altura não seria tão esperada.

Confesso que, com o calor que tem feito e que nos assusta se pensarmos que este fenómeno vai ter influência na falta de água que se pode verifcar, tem me retirado a vontade de preencher o meu blogue. Também, apesar dos tempos não estarem para tal, sempre se verificam as fugas para férias e nem apetece sequer ouvir as acusações dos políticos, uns aos outros, não surgindo que seja capaz de pôr de parte os ataques aos adversários. Estou farto!....

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