quinta-feira, 30 de julho de 2009

PRESIDENTES




Já se vê que se trata de uma casualidade, mas que não deixa de ser curioso, lá isso é inegável. Pois não é que quatro ex-presidentes de grandes clubes de futebol portugueses se encontram ou se encontraram recentemente envolvidos em situações que levou a Justiça a tê-los chamado, em ocasiões distintas, para darem andamento a processos que se encontram em andamento.
O primeiro e já é longa a história do seu caso foi e é o antigo presidente do Sport Lisboa e Benfica, Vale e Azevedo, que, encontrando-se agora a viver em Londres, não conseguiu que a sua situação ficasse completamente solucionada e ainda terá provavelmente de sentir os efeitos dos tribunais. O outro, que foi sentindo durante largo tempo, as consequências de um desentendimento conjugal, foi Pinto da Costa, a quem alguma comunicação social teima, inexplicavelmente, em servir-se do nome completo de Jorge Nuno Pinto da Costa e que ainda exerce o lugar de presidente do Futebol Clube do Porto, parece só agora ter ficado livre da embrulhada em que esteve envolvido e que teve o nome de Apito Doirado. O terceiro, nesta altura já tornada pública a acusação que lhe cabe do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), José Roquette, que assumiu em tempos as funções de presidente do Sporting Clube de Portugal, viu a sua casa e o escritório invadidos para efeito de buscas por parte de investigadores da Polícia Judiciária, tendo sido notificado para prestar declarações às autoridades judiciais e constituído arguido no âmbito do escândalo no complicado caso do Banco Português e Negócios. O quarto, não estando já no activo futebolístico e tendo passado ao seu filho o comando do Boavista Futebol Clube, mas mantendo-se agora na presidência do Município de Gondomar, Valentim Loureiro, também tem tido problemas com os Tribunais.
É por estas quatro coincidências que eu digo que os clubes de futebol que se encontram mais ou menos na berra têm ou já tiveram os seus presidentes, actuais ou passados, a contas com a Justiça. E talvez seja caso para afirmar também que, por este andar, não haverá cidadãos que, por muito amor que tenham, aos clubes a que estão ligados, não vão aceitar, de futuro, propostas para ocuparem lugares de presidência nos mesmos. Parece que se trata de uma perseguição ou de um enguiço.
É só esperar para ver, em breve, nos anúncios dos jornais sair, um pedido nestes termos: PRESIDENTE O PARA CLUBE DE FUTEBOL, PRECISA-SE”.

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