segunda-feira, 27 de julho de 2009

EMEL DE NOVO



Tinha de ser. Então não é que a EMEL, essa empresa camarária que, nascida em 1994, tem dado largas mostras, ao longo da sua existência, que se trata de uma entidade incompetente, pois não conseguiu até agora garantir a permanência do aparcamento das viaturas no tempo para que pagam e isso por ausência constante de vigilantes, como sucede, pelo menos, no bairro de Campo de Ourique, resolveu agora, não se sabe com autorização de quem mas que tem de se supor que pertencerá a responsabilidade disso ao Município lisboeta, entendeu agora e apenas com um vago comunicado transmitido aos residentes e comerciantes do bairro, que, a partir de 1 de Agosto, todos esses usuários dos serviços que ali moram ou têm estabelecimentos passarão a pagar também o aparcamento, mesmo possuindo, como possuem, o cartão afixado no pára-brisas que, até agora, lhes dava a liberdade de o fazerem nas zonas cobertas por essa autorização.
Quer dizer, a EMEL, abusando de um direito que não pode ter, pelo menos alterando o que estava estabelecido antes, criou a revolta em todo o bairro, ao ponto de estar a circular um abaixo-assinado para tentar impedir este excesso que ninguém compreende como poderá ter sido concedido e por quem e ainda se esse alguém tem poderes legais para tamanho ataque aos bolsos dos campo-ouriquenses.
E o mais curiosos disto tudo é que, tendo início essa “roubalheira” em 1 de Agosto, no dia 26 de Julho veio anunciado na Imprensa que a tal EMEL duplicou cargos de chefia, tendo passado de 3 directores e 7 chefes de serviço, respectivamente para 5 e 13 responsáveis da área, rondando as suas remunerações à volta dos 3 mil euros e alguns deles com direito a viatura e telemóvel. A directora geral da empresa, Marina Ferreira, que tinha pedido a demissão no final de 2008, foi, entretanto, reconduzida no lugar pelo presidente do Município da capital.
E isto a que nós, os cidadãos indefesos, assistimos sem poder protestar e obter resultados com o seu inconformismo. E se até o vereador camarário Cardoso da Silva alegou desconhecimento dos factos, afirmando que tais alterações “não passam pela Câmara”, pois esta “apenas dá orientações genéricas à EMEL”, como será possível impedir que uma EMEL qualquer entenda passar a meter a mão nos bolsos dos cidadãos, só porque sim?...
Vamos a ver como fica tudo isto, mas se é desta forma que se governa um País, então podemos estar bem descansados!

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