terça-feira, 7 de julho de 2009

CRISTIANOMANIA



Assim lhe chama a Imprensa espanhola, pois a chegada do jogador português a Madrid, que ontem foi apresentado no estádio Santiago Bernabéu ao público presente que, segundo parece, atingiu 80.000 o número de pessoas que ali estiveram, mas esta expressão adapta-se perfeitamente a uma espécie de enfermidade que, de vez em quando, ataca as multidões, pois já sucedeu o mesmo com os Beattles, o cantor que morreu agora, Michael Jackson, a Elvis Presley e a algumas personalidades mais que, por qualquer motivo, atingiram o ponto mais alto da popularidade.
Sendo um português que, na área do futebol, chegou a esta popularidade, um pouco da mesma forma como, em seus tempos, Eusébio foi tão aclamado e depois Figo também andou nas bocas do mundo, é verdade que, pelo menos por isso, muitos ignorantes o por esse Planeta fora ficam a saber que existe um País chamado Portugal e, talvez por curiosidade, tenham ido ao mapa para ver onde se situa.
Digo isto porque, em variadas ocasiões, nas muitas viagens que fiz profissionalmente, deparei com gente que, ao identificar-me eu como português, me perguntaram onde ficava o meu País de origem.
É, pois, de utilidade que estas manias aconteçam, o que talvez se deveesse fazer era, no aspecto económico e de difusão daquilo que ainda teremos possibilidade de vender no estrangeiro, aproveitar a deixa e utilizar o futebolista nessa missão tão patriótica. Ainda que fosse necessário pagar-lhe, pois claro, que, quando se atinge tamanho gabarito, todos os “cachets” são bem aplicados. O que, porém, as nossas instituições que existem para lançar a nossa imagem e dai trazer proventos em nosso benefício, essas deveriam ter a noção das oportunidade se fossem capazes de executar a sua missão com o mínimo de rentabilidade.
As vezes a que eu me refiro aqui ao ICEP, que existe há uma quantidade de anos e nunca se entende muito bem o que faz, se bem que disponha de uma quantidade apreciável de escritórios situados nas principais cidades do mundo e custa uma enormidade ao erário público – depende do Ministério de Economia -, e a sua razão de existir é precisamente a de abrir portas por esse mundo de forma a que possamos exportar o mais possível e, ao mesmo tempo, obtenhamos bons resultados na expansão da nossa imagem para fins turísticos, sendo esse o motivo de existir, todas as vezes que falo de tal instituição serve para não ser benévolo e não perdoar se esse IAPMEI não faz o que deve. Basílio Horta tem de estar debaixo de olho, pois é ele agora quem é o responsável pelo referido Instituto.

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