segunda-feira, 13 de julho de 2009

CASTIGO


Já não bastava a maldita crise, que apanha com todas as culpas para tudo que de mal acontece na área económica, financeira e social, e eis que invade o mundo outro emplastro, desta vez na área da saúde dos cidadãos, a gripe A, que, alastrando todos os dias e atacando por todo o mundo, irá, segundo os que dizem que sabem, agredir ainda mais lá para os princípios do Outono, isso no nosso País.
Todos os dias, em Portugal, se anuncia mais algum acréscimo no número de atacados pela sorrateira maleita, tendo-se chegado nesta altura já a um número que se aproxima da centena. E as recomendações médicas vão no sentido de que, ao mais pequeno sinal, os atacados devem permanecer em casa. O que se compreende.
Porém, conhecendo-nos como nos conhecemos, está-se mesmo a ver que o portuguesinho da silva vai começar a espirrar nos empregos, que é como quem diz, avisar que no dia seguinte não vai comparecer, pois não quer contagiar os colegas… E até pode ser verdade, mas, desconfiados como somos, podemos bem duvidar da verdade de tais sintomas.
Seja como for, o problema que se apresenta para aqueles que têm crenças religiosas é o de que estamos perante um problema que nos leva a admitir que o mundo se encontra numa espécie de posição de castigo pelos pecados que tenha cometido. Ter-se chegado a esta situação tão calamitosa para os habitantes terrestres, tudo ao mesmo tempo, poderia levar a que as mais altas figuras das diferentes posições de culto se propusessem a levantar as mãos para os Céus e, cada um por seu lado, implorasse clemência às Divindades da sua área.
È que, todo o panorama que se apresenta aos mortais de hoje, acrescido das atitudes violentas que ocorrem por autoria dos inúmeros terroristas que, cada um com a sua causa, provocam mortes todos os dias nos mais diferentes sítios do Globo, para não se falar já dos terramotos, como aquele ocorrido recentemente em Áquila, na Itália, tudo isso já é demais para a população que, neste século XXI, já tem a dose que chegue de contratempos.
O que vale é que os cidadãos do mundo, pelo menos os que se encontram a viver em zonas tidas como desenvolvidas, já se habituaram aos noticiários de tristeza que a Informação moderna divulga. E já ouve as novidades sem grande preocupação. É todo uma questão de hábito!...

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