segunda-feira, 15 de junho de 2009

ÁGUA



Já aqui me referi, em tempo oportuno, ao problema que o mundo tem que enfrentar daqui a algum tempo, a anos de vista, mais ou menos de acordo com a disposição dos que são mais ou menos pessimistas, e que se refere à escassez de água que vai ocorrer no nosso globo terrestre.
Serão 50 anos de expectativa? Serão mais? Ou nem isso? Seja o tempo que tardar até se confrontarem os humanos com tal descalabro, os cientistas, aqueles que estufam estes problemas não escondem que, a seu tempo, isso acontecerá. É uma fatalidade a que os que cá estiverem não escaparão.
Portanto, avisados os habitantes do mundo, lá isso estão. Se bem, nos dias em que vivemos agora, não haja motivos para deitarmos as mãos à cabeça. Por enquanto podemos desperdiçar esse precioso líquido, como fazemos todos que deixamos as torneiras abertas e que enchemos o copo e deitamos o resto fora do que sobrou por não termos bebido toda a água. Isso, para não falar de outros gastos supérfluos a que assistimos e não ficamos muito preocupados por isso.
No entanto, se não se trata de uma fantasia pessimista este aviso que a ciência já não esconde, a pergunta a fazer é o motivo por que os diversos governos espalhados pela Terra não deram ainda mostras de tomar medidas de modo a que se dê início a uma campanha de grande aproveitamento da água que cai das chuvas e a que sobra das enxurradas bem a que sobra dos rios em tempos de Inverno, encaminhando-a para depósitos construídos para o efeito, não a deixando perder-se nos mares e oceanos.
No que diz respeito ao nosso País, já que a Península Ibérica é apontada como sendo o primeiro território a vir a sofrer as consequências da escassez do referida líquido, não teria sido uma medida de prudência ter já investido numa política de poupança, com a criação de estruturas que contribuam para reservar o que é imprescindível para a vida humana?
Andam as cabeças políticas dos diferentes governos que têm passado pelo poder a dedicarem a sua atenção para diversos problemas que, também de facto, constituem preocupações que não podem ser postas de lado, como seja a substituição do petróleo, da electricidade, do carvão e de outros produtos que, até agora, têm estado no primeiro plano das utilizações humanas, mas, no que diz respeito à água, aí parece que se trata de algo de que o Homem pode prescindir e que já se conhece o que pode ser utilizado com o mesmo efeito.
Aí está aquilo a que o Executivo de José Sócrates poderia ter dado a maior atenção e até mostrar a sua preocupação que transmitiria aos portugueses, desenvolvendo medidas que iriam contra o não aproveitamento e criando condições para a armazenagem em condições próprias e renovando essas guardas, pois a água é um produto que não pode ficar preservado infinitamente.
Mas não. Isso era uma medida excessiva para a cabeça do primeiro ministro que temos tido. Ainda vamos a tempo?

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