sábado, 18 de abril de 2009

LISBOA LINDA



Ainda bem que, na Câmara Municipal de Lisboa, já se instalou o espírito de que é fundamental criar um estilo de animação na cidade de Lisboa e, para isso, pelo menos já se fala no assunto, se bem, como é habitual entre nós, do momento do pensamento numa acção e até que o mesmo seja posto em prática leva o seu tempo… às vezes excessivo.
Mas não queiramos ser mais papistas do que o Papa e aceitemos com bonomia as intenções, porque essas sempre são melhores do que não haver ideia nenhuma e desinteresse em se tomar uma iniciativa. Pois, segundo uma entrevista com um participante na ideia de criar uma certa movimentação na zona do Chiado – e não será que alguns dos meus blogues sobre este tema não terão sido lidos pelas personalidades que têm funções dentro do Município lisboeta, pois estou cansado de me referir à necessidade de aproveitar a beleza natural de Lisboa e serem criadas iniciativas que alegrem o que está quase sempre com ar tristonho? -, vi na televisão a afirmação de que, para começar, aderiram à ideia várias lojas que passarão a encerrar diariamente às 20 horas, para dar a oportunidade dos eventuais clientes fazerem as suas compras depois das horas de trabalho. É já um começo, mas não creio que adiante muito ao que é preciso para que o Chiado e a Baixa em geral se apresentem como um atractivo para os lisboetas e todos os que visitam a capital não se desconsolem com a visão solitária de uma cidade vazia de transeuntes.
Logo, o que eu quero dizer e que só confirma aquilo por que eu tenho proclamado ao longo de anos, é que, para dar alegria e vida à nossa Lisboa, logo o Chiado mas não só, tem de se puxar pela imaginação e fazer saltar para a realidade todos os elementos que contribuam para transformar completamente uma capital triste num esplendoroso e animado burgo em que apetece passear.
Não me cabe aqui e agora repetir o que tenho escrito, mas vou-me referir, neste momento, a um pormenor, aliás da maior importância, de que todos os cidadãos alfacinhas se interrogam da razão do estado em que se encontra: trata-se do Museu do Artesanato, ali localizado na avenida de Brasília, junto aos monumentos e que deveria constituir um desafio para que ressurgisse, numa zona tão visitada por turistas estrangeiros, uma amostra daquilo que é, sem dúvida, uma demonstração da habilidade artística dos artesãos nacionais, os quais só têm possibilidade de dar nas vistas nas feiras locais que têm lugar na província.
Mas isto é uma pequena amostra do muito que há a fazer. Dado que, no que diz respeito ao Chiado mas não só, pois deveria constituir uma obrigatoriedade de toda a Lisboa, é a colocação em lugares que o estão mesmo a pedir, de vasos de flores, as quais nem teriam sequer que ser das caras, mas que constituíssem uma forma de dar utilidade às plantações baratas de jardins que existem por aí e que, com um serviço organizado de jardineiros (que os há já ao serviço do Município), se faria a volta diária para que não fossem apresentadas flores mal tratadas e feias.
Repito, pois, que isto é uma mínima parte do muito que poderia e deveria ser feito na nossa linda Lisboa, com o Tejo a seus pés.

Sem comentários: