domingo, 1 de fevereiro de 2009

FARTAR VILANAGEM!...






Mantenho o que tenho vindo a escrever sobre o assunto: caso Fleeport, por agora não acrescento mais nada ao que se tem visto em toda a comunicação social. Enquanto o sector judicial não aparecer a apresentar provas que confirmem ou desmintam as acusações públicas que têm sido espelhadas, não dou cobertura a tais diz-se, diz-se, quer se tratem de acrescentos que os jornais e as televisões atirem para o exterior quer seja o próprio Sócrates a surgir com ar de indisposto por estar a ser alvo de acusações que ele apenas diz que são mentiras. Nem uns nem outro me merecem acolhimento. Eu, por mim, claro que já fiz também o meu julgamento, da mesma maneira que formei igualmente opinião quanto a alguns dos arguidos em matéria de pedofilia no que diz respeito à Casa Pia. Mas, embora indignado com as demoras que os casos que caem na alçada da Justiça portuguesa provocam, não é por isso que me ponho aqui, do alto do meu blogue, a apontar o dedo a este ou àquele, servindo-me apenas da minha intuição e não fazendo caso de provas que se encontram à disposição do poder judicial. Esse, o tal que é uma vergonha, que só serve para criar problemas provocados pelo tempo excessivo que perde para chegar a uma conclusão. Quando chega!
Vamos lá então ocupar este espaço com alguns assuntos que estão mesmo a pedir que sejam examinados á luz da opinião de um simples cidadão que não pretende outra coisa que não seja não deixar passar sem comentário aquilo que merece ser enfatizado e que ocorre, tanto dentro das nossas portas, como lá fora, mas é igualmente importante referir.
Começando pelo princípio, paremos a comentar os gastos que o Estado vem fazendo, sobretudo numa altura em que o princípio deveria ser o de poupar o mais possível, quanto mais não seja para dar o exemplo aos cidadãos. Tornou-se público que, indo ao site “transparência.gov”, se descobriu que, em apenas três meses, o Estado, municípios e empresas públicas gastaram um milhão de euros só em cadeiras e, em móveis de escritório, foram dispendidos sete milhões de euros. A lista de compras sumptuosas é, deveras, avassaladora. E só um exemplo: a Administração Regional de Saúde do Alentejo adquiriu 34 cadeiras em viga por 375 mil euros e a reparação de duas fotocopiadoras custaram 45 mil euros! Mas a Câmara de Ilhavo, outro exemplo, adjudicou três computadores por 380 mil euros e por aí fora muito mais a apontar em todo o País. Claro que a Presidência do Conselho de Ministros, ocupada como anda com assunto de fofocas que muito desgostam o primeiro-ministro, não tem tempo nem disposição para ir aquela “site” e averiguar as extravagâncias das compras que estão a ser feitas em tudo que são dependências do Estado. Nem ele nem os seus múltiplos assessores. Mas eu, pelo menos, aqui deixo registadas parte das compras por preços que dão que pensar, pois pode ser que alguém alerte o preocupado José Sócrates para um assunto que, não tendo nada a ver com Frreports, tem a ver, isso sim, com o nosso rico dinheirinho que está a ser desperdiçado a torto e a direito.

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