sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

DESENCANTO... POR ENQUANTO!


Por muito que consideremos anacrónica tal situação, o certo é que se podem dizer coisas, mesmo sem ter nada para dizer. Da mesma forma, podem-se escrever frases sem as ler alto depois, para não se correr o risco de deitar o escrito para o lixo.
Quanto a mim, se bem que não seja muito de falar por falar, já no que se refere ao escrever, aí dá-me jeito depositar no papel aquilo que me vem à cabeça… se bem que, na verdade, depois me custe reler o que ficou gravado pela caneta. Será por falta de amor-próprio, por não me deslumbrar com aquilo que faço, de considerar que é um risco grande que não vale a pena correr, como não sou partidário do “falem de mim ao menos mal”, será por tudo isso mas o facto é que não me entusiasma contemplar o que escrevi.
No íntimo, esta será a verdade, há sempre a esperança de se ser melhor do que aquilo que se parece, em contradição com os que parecem ser melhores do que aquilo que realmente são e que, creio eu, serão os que se encontram em maioria. Mas como a esperança só se perde no derradeira momento da existência, viver com tal ilusão tem a vantagem de alimentar um certo ego, por mais escondido que ele se encontre.
Isto, por mais que se tropece por aí com quem exalte o ego a torto e a direito. E, curiosamente, com verdadeiro sucesso!

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