quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

QUE FESTAS1...



Por muita vontade que tenha de não estar sempre a encontrar defeitos nos acontecimentos que ocorrem no nosso País, por mais contrariado que me encontre cada vez que faço um escrito em que a maior parte do espaço ocupado se confina aos erros praticados neste cantinho, não consigo disfarçar, passar em branco os erros que por cá ocorrem e apenas glorificar-me com as coisas que merecem elogio. Não consigo.
Pois, nesta época de festas natalícias, dentro da tradição que vem de tempos muito recuados, até dá a impressão que as notícias que surgem, em Portugal mas não só, servem para ficarmos ainda mais desgostosos com as maldades humanas. Sim, porque é da parte dos homens que se verificam os maus comportamentos que merecem repreensões e castigos. Vou fazer uma lista dos casos que se encontram actualmente bem à mostra nos noticiários de todas as origens:
No exterior, as coisas não andam boas. E não é só a tal crise que traz o mundo apreensivo, embora isso já chegasse para pormos os olhos no chão. A “moda” dos terrorismos pegou em toda a parte e as cinco bombas que foram desactivadas e que se encontravam no conhecido Printemps, de Paris, são a prova inegável de que nem se pode já fazer turismo em locais antes bem protegidos e agradáveis. Sair de casa é um risco, se bem que ficar metido nela também não constitua protecção absoluta.
Em termos caseiros, as coisas são mais folclóricas. Imagine-se que se tornou público que Dias Loureiro recebeu, em 2002, 7,14 milhões de euros do BPN, por ter vendido as suas acções da empresa proprietária daquele banco, quando deixou de ser administrador daquela sociedade. Um homem que tinha vindo da terrinha com as mãos a abanar, bastou-lhe passar por um governo para poder ficar milionário!
Manuel Sebastião, mal tomou conta do lugar de presidente da Autoridade da Concorrência, renovou o seu carro de serviço, pois que isto de tomar posse de um cargo novo impõe também estrear automóvel… e dos caros! Terão alguma coisa a ver as mordomias com a contemplação dos preços dos combustíveis levarem tanto tempo a baixar, quando nas subida eram imediatas? Pode ser que não, mas dá que pensar!
As grandes empresas estão a fechar com preocupante rapidez e agora foi a Mabor que sente os efeitos da crise e vai mandar para casa os seus 1.500 trabalhadores. Dizem que é uma “paragem”, e oxalá seja só isso.
Finalmente, parece que os grandes da finança começam a ver as suas costas menos quentes. Os ex-administradores do BCP vão ser acusados de prestação de falsas informações ao mercado para esconder operações financeiras. Vamos a ver como isto tudo fica no final, porque, por agora, cada um segue a sua vidinha!
Mas também os grupos partidários atravessam um período de alguma conturbação. O PS, como se sabe tem para resolver a situação de Manuel Alegre que, desde há certo tempo, dá mostras de não seguir fielmente os passos de Sócrates e parece querer independentizar-se politicamente.
No PSD, a confluência em redor de Manuela Ferreira Leite não está firme. Há quem conteste ou o seu silêncio ou as intervenções que tem tido. E aquela do Santana Lopes vir a ser candidato à Câmara de Lisboa!...
No CDS, já são cem os militantes que anunciam ir bater com a porta, contra o seu Paulo…
Com tudo isto cá me fico. Mas como eu também, como já disse, não permaneço muito feliz na época do Natal, não é com tudo isto que me estragam ainda mais o período.

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