quarta-feira, 17 de setembro de 2008

NÃO MUDAM ALGUNS MINISTROS'?


Têm razão se me chamarem a atenção para o facto de dedicar excessivo espaço ao tema da justiça em Portugal. Mas, por mais que eu me queira afastar deste assunto, ninguém me convenceu ainda que, de todos os males que nos envolvem no nosso País, este de termos uma actuação do tribunais que não se coaduna com as necessidades de contarmos com uma justiça justa, bem aplicada, dentro dos tempos que se consideram essenciais para que não chegue quando os casos já e encontram na área do esquecimento dos acontecimentos, numa palavra, numa aplicação de leis que se ajustem com a realidade da vida.
Não me canso de sublinhar: não é isto que ocorre cá dentro das nossas fronteiras e as consequências fazem-se sentir em todas as outras áreas da nossa sociedade, logo, em praticamente todas as zonas cobertas pelas diferentes zonas governamentais.
É possível haver uma educação perfeita, uma administração interna correcta, uma economia bem organizada, uma saúde que satisfaça os cidadãos, um ambiente aceitável, uns transportes correctamente orientados e todas as outras actuações sob orientação governamental que necessitam da maior perfeição, se o sector da justiça se encontra longe da perfeição e faz gala dos atrasos imensos com que soluciona os problemas que tem em mãos?
Discute-se por aí se a culpa é dos juízes ou é das leis. Uns “sábios” dizem umas coisas e outros optam por opinião diferente. Mas o que é verdade é que se assiste a crimes sem prisão, que nem os tiros dentro das esquadras policiais merecem um julgamento severo, que são libertados autores de procedimentos que o cidadão normal se interroga se isto anda agora ao Deus dará, ao apetite dos juízes, que nunca se atingiu uma tão elevada onda de assaltos, já não só em bancos mas em qualquer lojeca que, ao fim do dia, poderá ter umas poucas centenas de euros na gaveta.
A pergunta que cabe fazer, nesta altura e a propósito do agravamento das situações por resolver, é se. De facto, o Governo não está a pedir uma renovação de alguns dos seus membros. Será que Sócrates quer chegar até ao fim do seu mandato com os mesmos fulanos que já deram provas bem nítidas de que são incapazes de levar o seu barco a bom porto?
Talvez pague caro essa teimosia. As eleições já se começam a aproximar e o descontentamento dos portugueses quanto a casos que ainda têm remédio – não me refiro, evidentemente, à crise financeira e económica que abala grande parte do mundo -, esse desagrado tem vindo a acentuar-se. Atenção, pois, sobretudo porque o principal partido da oposição ainda anda à procura de uma orientação, mas pode reabilitar-se de repente!

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